O secretário-geral da ONU visitará oficialmente Cabo Verde em 2013, disse hoje o presidente cabo-verdiano, horas depois de ter regressado à Cidade da Praia, após uma visita de uma semana aos Estados Unidos.
Numa conferência de imprensa, Jorge Carlos Fonseca disse ter feito o convite numa reunião que manteve com Ban Ki-moon, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde participou e discursou na 67.ª Assembleia Geral da ONU.
O chefe de Estado cabo-verdiano disse ter abordado com Ban Ki-moon, entre outros temas a questão da Guiné-Bissau, a quem reiterou a posição de Cabo Verde, de aproximar as posições divergentes entre as comunidades Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A questão da Guiné-Bissau, a braços com um impasse político decorrente do golpe de Estado de 12 de abril último, foi, aliás, um dos temas abordados por Jorge Carlos Fonseca na intervenção na Assembleia Geral da ONU, a par da necessidade de uma reforma “profunda” no Conselho de Segurança da organização.
Sobre a visita que efetuou a várias cidades e Estados norte-americanos, à margem da reunião da ONU, Jorge Carlos Fonseca indicou ter feito vários contactos com autoridades estaduais, congressistas e senadores, além de vários encontros com representantes da comunidade cabo-verdiana nos Estados Unidos.
Nesse sentido, anunciou a vinda, em dezembro próximo, de uma delegação empresarial norte-americana a Cabo Verde, na sequência dos contactos feitos com homens de negócio dos dois países e que poderá incluir o governador do Estado de Massachusetts, Deval Patrick, com quem se reuniu.
Sobre as relações de Cabo Verde com os Estados Unidos, Jorge Carlos Fonseca salientou que, além da excelência já atingida, “há um potencial enorme” fora do âmbito Estado a Estado e que, com a vinda da delegação empresarial norte-americana, pode dar-se “um salto” importante.
O chefe de Estado cabo-verdiano salientou que, além das relações institucionais, há campo aberto para o reforço da cooperação empresarial, universitária, entre fundações, religiosa, destacando o “grande interesse” manifestado sobretudo pelos cabo-verdianos da segunda geração emigrada nos Estados Unidos.
FONTE: Lusa
