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    Brasil tenta consenso na Rio+20 com novo texto menos polémico

    O Brasil espera conseguir, através de negociações informais com as diferentes delegações e grupos de países, fechar o texto até ao final de segunda-feira (Reuters)
    O Brasil propôs, ontem, uma nova versão de um guião para o desenvolvimento sustentável, para ser negociado e aprovado esta semana na conferência Rio+20, das Nações Unidas.

    Até sexta-feira passada, a negociação formal conduzida pela ONU tinha conseguido chegar a acordo sobre apenas 38% de um texto com 81 páginas – abordando várias áreas, da economia verde ao financiamento internacional, da água à energia, da educação às florestas – e que permanecia recheado de propostas alternativas mostrando uma profunda divisão entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

    Neste sábado, o Brasil apresentou uma nova proposta, eliminando alguns dos pontos mais polémicos, procurando uma linguagem mais consensual noutros e reduzindo o texto para 56 páginas.

    “Sinalizámos às delegações que devemos entrar numa nova dinâmica, procurando convergências, concentrando-nos sobre as questões verdadeiramente cruciais, de modo a concluir o texto a tempo”, disse o ministro brasileiro das Relações Exteriores, António Patriota.

    Alguns dos pontos mais polémicos caíram do texto, como a proposta de criação de um fundo de 30 mil milhões de dólares anuais para apoiar o desenvolvimento sustentável nos países mais pobres. A ideia tinha sido sugerida pelo grupo dos países em desenvolvimento – o G77 – mas não era do agrado dos países industrializados.

    Noutro ponto de conflito – a menção, em vários pontos do documento, às “responsabilidades comuns mas diferenciadas” –, o Brasil propôs mantê-la apenas no capítulo sobre as alterações climáticas, retirando-os de outros. Os países em desenvolvimento exigem que este princípio esteja salvaguardado, dada a responsabilidade histórica do mundo industrializado na poluição e utilização insustentável dos recursos. Mas os países desenvolvidos argumentam que, hoje em dia, o princípio já não faz sentido, dada a dimensão das economias emergentes.

    O Brasil espera conseguir, através de negociações informais com as diferentes delegações e grupos de países, fechar o texto até ao final de segunda-feira, dia 18. A partir da quarta-feira, tem início o segmento de alto nível da Rio+20, com a presença de mais de uma centena de chefes de Estado e de Governo, que deverão dar o sim final sobre o documento.

    FONTE: Público

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