O número de mortos do naufrágio de um barco na quinta-feira, na zona da foz do rio Amazonas, no norte do Brasil, aumentou de 11 para 20, segundo fontes oficiais.
Desde o acidente, foram encontrados os corpos de 12 mulheres, cinco homens e três crianças, disse no sábado a Secretaria de Segurança Pública do estado do Pará.
Segundo um comunicado, 65 pessoas foram resgatadas com vida, entre passageiros e tripulantes.
O barco, que não tinha licença para transportar passageiros, viajava entre um porto clandestino na cidade de Camará, no arquipélago de Marajó, e a capital regional, Belém.
Como tal, não tinha registo dos passageiros e tripulantes, pelo que é possível que se encontrem mais corpos durante a remoção do navio, prevista para hoje, disse uma fonte do governo local à agência noticiosa Efe.
As autoridades acreditam que o barco tinha 85 pessoas a bordo.
A marinha brasileira, que está a participar nas operações de salvamento, já abriu uma investigação às causas do acidente.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, citado pelo portal de notícias brasileiro G1, o naufrágio ocorreu perto da praia da Saudade na ilha de Cotijuba, cerca das 09:30 de quinta-feira (mais quatro horas em Lisboa).
Segundo relatos de moradores, corpos de pessoas que se afogaram chegaram a uma das praias da ilha e também foram retirados da água por moradores locais.
Vídeos a circular nas redes sociais mostram relatos de algumas pessoas resgatadas dizendo que a embarcação se afundou totalmente com as pessoas no seu interior.
“A hélice parou no meio da baía [do Marajó] e o comandante alertou para ninguém se desesperar, mas a lancha começou a afundar do nada e as pessoas começaram a pular da lancha. Tinha muito idoso e criança na lancha “, relatou um dos passageiros.
