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    Bolsonaro pediu para CPMF não entrar na reforma tributária, diz Guedes

    Segundo o ministro, o ex-secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, exonerado esta semana, já havia pedido para deixar o cargo ‘inúmeras vezes’.

    De acordo com a Reuters, citada pelo G1, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (13) que o presidente Jair Bolsonaro telefonou para ele do hospital, “entubado”, para dizer que não quer a criação de uma nova Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF).

    “Estávamos simulando um imposto de transação financeira, só que o presidente sempre foi contra esse imposto e pediu pra não colocar”, afirmou Guedes em entrevista a correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro, da qual a Reuters participou.

    O ministro confirmou que a equipe econômica trabalhava com uma alíquota de 0,4% para o tributo sobre pagamentos, mas, mostrando irritação, afirmou que os números não deveriam ter sido levados a público ainda.

    Segundo Guedes, o ex-secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, exonerado esta semana, já havia pedido para deixar o cargo “inúmeras vezes” por achar que estava atrapalhando o governo.

    “Eu dizia: se você tiver que cair um dia que caia junto com o imposto”, afirmou Guedes.

    A exoneração de Marcos Cintra do cargo de secretário da Receita Federal foi publicada na noite desta quinta-feira (12) em edição extra do “Diário Oficial da União”. A demissão de Cintra foi confirmada um dia depois da divulgação pelo secretário-adjunto da Receita, Marcelo de Sousa Silva, de um imposto nos moldes da extinta CPMF.

    Bolsonaro teria ficado insatisfeito quando soube da apresentação feita pelo secretário-adjunto. Essa exposição pública de uma proposta ainda em discussão resultou na demissão de Marcos Cintra.

    Teto de gastos
    Guedes afirmou, ainda, que é “fake” a informação de que o Bolsonaro quer derrubar a regra do teto de gastos. “Bolsonaro está 100% fechado comigo no teto de gastos”, afirmou Guedes.

    No início do mês, Bolsonaro defendeu a preservação do teto de gastos, afirmando que ceder nessa questão seria “abrir uma rachadura no casco do transatlântico”.

    Um dia antes, em entrevista coletiva, Bolsonaro havia sido questionado se o governo poderia flexibilizar a regra e respondeu que “é uma questão de matemática” já que as despesas obrigatórias têm aumentado.

    Crescimento da economia
    Guedes,afirmou nesta sexta que, com o avanço das reformas, há chance de o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescer até 2,5% em 2020.

    “Quem fez o Orçamento do ano passado foi o outro governo, eles botaram (crescimento de) 2,5%, e eu sabia que não ia ser 2,5% porque não fizemos as reformas. Agora, sim, fizemos as reformas e quem sabe ano que vem vai ser 2,5%”, disse Guedes.

    “Eu por exemplo acho que tem uma boa chance de o país se mover bem ano que vem. (Pode ser crescimento de) 2,5%, pode ser 1%, 1,5%, não sei”, ponderou. Para este ano, ele diz não ter certeza se o crescimento será de 0,8% ou 1%.

    Falta de confiança, investimento baixo, indústria fraca e comércio de lado atravancam economia brasileira.

    Economistas projetam um crescimento de 0,87% para 2019 e de 2,07% para o próximo ano, segundo o último relatório Focus do Banco Central com estimativas do mercado.

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