Um grupo de 40 bolseiros angolanos de diversas províncias do país seguiu nesta sexta-feira para a República da China, a fim de frequentar, durante cinco anos, formação superior nas áreas das engenharias e das ciências médicas.
A formação é resultado de um protocolo de cooperação assinado em 2013 entre a Fundação Eduardo dos Santos (FESA) e a universidade chinesa de Huaqiao, da cidade de Xiamen
Em declarações à Angop, no Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro, momentos antes da viagem, a curadora da FESA, Esperança Costa, que chefia a delegação, disse tratar-se do segundo grupo de estudantes angolanos que vão ao “gigante asiático” para formação superior, no âmbito do projecto da organização.
O objectivo é dotar o país de quadros capazes de contribuir para o seu desenvolvimento sócio-económico e tecnológico.
“Este programa da FESA visa dar cumprimento às orientações do seu patrono, José Eduardo dos Santos, no sentido de fomentar a formação nas áreas tecnológicas e da saúde, razão pela qual a instituição tem estado a assinar acordos de cooperação com instituições de vários países”, referiu.
Com o mesmo propósito, prosseguiu a responsável, outros estudantes angolanos encontram-se igualmente na República da China, desde 2014, a frequentar o ensino superior, bem como em universidades da Venezuela e do Brasil.
Esperança Costa fez saber que os requisitos necessários para concorrer às bolsas de estudo foram ser angolano, ter entre 18 e 26 anos e o ensino médio concluído com bom aproveitamento, principalmente nas disciplinas de matemática e física.
“Os cursos são técnicos e procuramos escolher os melhores candidatos que tenham bom aproveitamento nas disciplinas de matemática, física e com excelentes conhecimentos da língua inglesa, a nível das 18 províncias do país, incluindo lares de acolhimento. Para a selecção dos mesmos contamos com o apoio dos nossos núcleos provinciais e das delegações da Educação”, salientou.
Por seu turno, o bolseiro Francisco Cordeiro, coordenador dos alunos, manifestou, em nome do grupo, o desejo de aproveitarem a formação nas diversas áreas do saber para darem o seu contributo no desenvolvimento sócio-económico do país.
“Espero que dentro de seis anos possamos regressar ao país com o sentido do dever cumprido e aptos para darmos o nosso contributo para o desenvolvimento do nosso país. Estou ciente que vamos aproveitar esta oportunidade, uma vez que muitos estudantes gostariam de ter essa chance. Vamos para um país com outra cultura e espero que a integração nesta sociedade decorra sem sobressaltos”, concluiu o estudante de 20 anos, da província de Benguela. (Angop)