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    Bancos de Wall Street investem nos mercados de capitais europeus e africanos

    Goldman Sachs e JPMorgan Chase deram o toque a rebate para o investimento dos bancos de Nova-Iorque nos mercados de capitais europeus, mas também do Médio Oriente e de África

    Os negócios europeus do Goldman Sachs envolvem cerca de 18 negócios, num total de 9 mil milhões de dólares, e isto só este ano. Se compararmos com o ano passado, temos de falar de seis negócios e de 1,7 mil milhões de dólares. Há, de facto, uma aposta séria no sector privado europeu e um esforço de competitividade assumido.

    O banco criou mesmo, no início do ano, um novo grupo de “acções alternativas” para gerir os negócios na Europa, onde o sector privado é visto como “um impulsionador do crescimento sistémico e sustentável no longo prazo”, afirmou Lyle Schwartz, co-director da nova unidade do Goldman Sachs.

    Os rivais do JPMorgan Chase seguiram pelo mesmo caminho, tanto na Europa como no Médio Oriente e em África – EMEA, onde duplicou, desde 2020, o número de funcionários e de negócios nos mercados de capitais.

    Aloke Gupte, co-diretor do JPMorgan para os mercados de capitais do EMEA, ou seja, o conjunto destas regiões, afirmou que “as pessoas estão focadas, este ano, em IPOs e nos investimentos públicos, por razões óbvias – tivemos um ano recorde em quase todo o lado – mas acho que a força nos mercados de capital privado é incrível”.

    O foco das colocações privadas de dois dos maiores bancos de Wall Street estão na crescente maturidade dos ecossistemas de start-ups europeus, particularmente em empresas de tecnologia e saúde.

    As empresas europeias obtiveram 72 mil milhões de dólares em financiamento de capital de risco nos primeiros nove meses deste ano, de acordo com a CBInsights, 82% a mais do que aconteceu em 2019, ano em que foi estabelecido um recorde de investimento.

    Além das taxas geradas pelo financiamento a estes negócios individuais, os bancos iniciam uma relação com as start-ups mais promissoras antes mesmo de eventos mais lucrativos como sejam fusões ou aquisições ou IPOs (Oferta Inicial Pública). Isto é, há, claramente, numa aposta no longo prazo.

    Lyle Schwarts assume isso mesmo: “tem sido muito frutífero para relacionamentos de longo prazo” com clientes em potencial crescimento, colocando-os os bancos na pole position para fechar negócios quando os clientes se expandem de forma substantiva.

    Os dois bancos estão de olhos postos em cerca de 130 dos chamados “unicórnios” europeus – empresas privadas que no seu conjunto valem um mil milhões de dólares. Mas quando se passa para a EMEA, o número passa para cerca de 250 empresas no prazo de um a dois anos.

    “Ainda não vimos o final da curva de crescimento”, disse Gupte, o homem do JPMorgan, e acrescentou, “há tantas empresas a experimentarem um rápido crescimento e em tantos diferentes sectores”.

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