O Banco Europeu de Investimento (BEI) procura investimentos relacionados com o clima em África, disse o vice-presidente do banco, Thomas Ostros .
“É muito importante concentrar-se em investimentos viáveis a longo prazo que tenham a oportunidade de impulsionar o crescimento económico”, disse ele numa entrevista à Bloomberg TV com Jennifer Zabasajja na quarta-feira.
“Os bancos multilaterais de desenvolvimento têm aqui uma responsabilidade específica de procurar projetos viáveis que ainda possam ser financiados porque muitos dos países do continente têm desafios nos mercados de capitais para se financiarem em termos razoáveis”, disse ele.
O BEI está atualmente a trabalhar em projetos na África Oriental e Austral, incluindo a eletrificação do sistema de transportes rodoviários em Nairobi e a segurança alimentar na Zâmbia. Também prometeu mil milhões de euros (1,09 mil milhões de dólares) para ajudar a África do Sul na transição da utilização do carvão.
O BEI está também em negociações para emprestar dinheiro à África do Sul para melhorar a sua infra-estrutura portuária e ferroviária de carga como a sua primeira contribuição para um pacto de descarbonização conhecido como Parceria para uma Transição Energética Justa.
Embora África tenha sido o país que menos contribuiu para as emissões que estão a aquecer o planeta, os seus países estão entre os mais duramente atingidos pelas mudanças climáticas.
O aumento das taxas de juro globais e o aumento do endividamento tornaram difícil para muitos países africanos vender títulos internacionais e contrair empréstimos junto de bancos comerciais.
O BEI, que é uma instituição financeira de desenvolvimento da União Europeia. Os empréstimos do BEI são concedidos “a uma taxa favorável” e são muitas vezes complementados por subvenções da Comissão Europeia.
