O governo moçambicano acusou hoje a Renamo, primeira força da oposição, de querer dividir o país e de recrutar jovens nesse sentido. O ministério da defesa acusou homens armados da perdiz de aterrorizarem a população de Homoníne, província meridional de Inhambane.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Maputo, dá-nos conta do êxodo inédito de populações na província de Inhambane na sequência de alegados confrontos entre homens armados e o exército moçambicano.
Cristóvão Chume, director nacional de política de defesa e segurança no ministério moçambicano da defesa, reiterou a existência de alegados ataques da Renamo na província de Inhambane que teriam colocado em fuga as populações.
Os ataques registados no centro e norte de Moçambique, feudos da Renamo, nos últimos meses têm provocado a deslocação de populações e teriam, agora, alastrado ao sul do país.
E isto com as autoridades nacionais a revelarem hoje a existência de casos de fome na Gorongosa, nomeadamente, área da província central de Sofala onde se encontrava a base do movimento da perdiz onde se acantonara o líder desse partido, Afonso Dlhakama, em parte incerta desde Outubro passado. (rfi.fr)