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    Arnaut alerta maçons para SNS em risco

    António Arnault. (Foto: D.R.)
    António Arnault.
    (Foto: D.R.)

    António Arnaut voltou no dia 13 deste mês a falar para mais de 100 maçons na mesma sala do palácio do Grande Oriente Lusitano (GOL), no Bairro Alto, onde há 37 anos apresentou à maçonaria o seu projecto para a criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), antes mesmo de ser aprovado pelo Governo. Durante 40 minutos, o antigo ministro dos Assuntos Sociais alertou os actuais ‘irmãos maçónicos’ para a  a iminente destruição desse mesmo SNS.

    A iniciativa partiu da Loja Simpatia e União, do GOL, que convidou o antigo ministro e ex-grão-mestre para participar numa sessão reservada a maçons sobre o estado do SNS. A reunião, que seguiu todos os rituais maçónicos,  contou com várias personalidades – como Vasco Lourenço e o sindicalista João Proença – e decorreu no templo José Estevão, no palácio do GOL.

    A sessão aconteceu dois dias depois de o próprio líder do PS, António Costa, ter acusado o Governo de ter rompido o consenso em torno do SNS e de transferir despesa dos hospitais públicos para os hospitais privados – dando sinal de que este será um dos temas usados na campanha eleitoral que se aproxima.

    «O SNS atingiu um ponto tal que, se não for tratado e a tempo, acaba» – diz ao SOL António Arnaut, confirmando que esteve na loja maçónica «durante 40 minutos a falar do Estado Social», que, garante, está a ser destruído de «propósito» pelo primeiro-ministro: «Ele quer reduzir o SNS a um sistema assistencial só para pobres».

    Para o o socialista não faz sentido que, estando o SNS com tantas dificuldades, o Estado continue a desviar verbas para os privados. «Mais de metade da receita do sector privado resulta de convenções com o Estado ou da ADSE», diz Arnaut, sublinhando que este e os outros subsistemas de saúde dos funcionários públicos «deram aos privados 500 milhões em 2012, quando o SNS está a degradar-se». Segundo fontes maçónicas, na reunião vários maçons criticaram a actual política de saúde e os «cortes nos hospitais públicos, favorecendo o sector privado».

    Por isso, a ideia de o GOL lançar uma unidade de cuidados continuados em Lisboa não reúne o consenso: «O  Estado é que tem de garantir assistência às pessoas. E se aqui dentro se defende o SNS, lá fora temos de fazer o mesmo», diz ao SOL um maçon que esteve presente na reunião. (sol.ao)

    catarina.guerreiro@sol.pt

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