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    Apoio do FMI permite execução exitosa do PND

    O pedido de dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI), a par do programa de apoio técnico que esta organização tem prestado a Angola, permitirá ao Governo executar com êxito o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2018/2022), considerou o economista e docente universitário Hernany Pena Luís.

    Com este ajustamento, que introduz a componente financeira ao programa de apoio do FMI para Angola, disse o técnico à Angop, poderá haver um equilíbrio nas Contas Públicas. E se o montante for canalizado essencialmente para o sector produtivo da economia, dará, certamente, outro alento macroeconómico à economia real.

    Frisou que o ajustamento vai trazer maior promoção de emprego, concorrerá para maior aumento de oferta de bens e serviços localmente e, certamente, menor pressão às moedas estrangeiras no médio prazo.

    Hernany Luís entende ainda o pedido de ajuda financeira vem dar corpo às reformas que estão a ser feitas no País, tais como a privatização de algumas empresas públicas, alteração do regime cambial, de fixo para flutuante, eliminação dos subsídios à economia (particularmente aos combustíveis), introdução do IVA, auditoria das contas públicas e o combate aberto e declarado à corrupção feito pelo Presidente da República, João Lourenço.

    O economista aconselhou, para lá das necessidades de financiamento que a economia tem, deve-se acautelar os elementos fulcrais como barganha (activo de negociação), as taxas de juros (o preço do financiamento) e o período que decorrerá até ao reembolso (estágios das amortizações).

    Não menos importante entre as coisas a ter em conta, considerou o técnico, “ é a capacidade real de reembolso, tendo em atenção a nossa fonte de receita. Ponderado esta variável supra relevante, poder-se-á ter uma visão clara dos eventuais contornos micro e macroeconómico que o financiamento terá na nossa vida financeira económica”.

    A solicitação do Governo enquadra-se na visita de trabalho a Angola, que a missão do corpo técnico do FMI efectuou de 1 a 14 deste mês (Agosto), tendo sido convidado a visitar novamente Angola em Outubro de 2018, a fim de dar início às negociações ao abrigo de um Programa de Financiamento Ampliado (EFF – Extended Fund Facility) de dois anos, e que pode ser estendido em mais um ano, caso se mostre necessário.

    Durante a visita de trabalho do FMI concluiu-se que as políticas e reformas de estabilização macroeconómica, aplicadas pelo Executivo angolano, estão adequadas à promoção do crescimento económico e da diversificação da actividade económica, apesar do ambiente adverso.

    Constatou-se também que a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto real para 2018 tem se revelado mais moderada do que a esperada, reflectindo uma redução acentuada da produção de petróleo e de gás. (Angop)

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