É necessária “vontade política” para dar uma resposta à crise no Mali que, caso contrário, se poderá tornar numa séria “ameaça à paz e à segurança” nesta região africana.
É o apelo de António Guterres, numa visita ao terreno no Burkina Faso, onde foi acompanhado pela representante diplomática americana, Anne Richard.
O Alto Comissário da ONU para os Refugiados classificou a situação como uma “tragédia humanitária” que “o mundo não pode permitir”.
O antigo primeiro-ministro português realçou que já fugiram do Mali mais de 250 mil pessoas, “em contextos extremos de sofrimento e privação, que atravessaram as fronteiras rumo a países que enfrentam problemas dramáticos, ao nível alimentar e da segurança, como o Níger, a Mauritânia e o Burkina Faso.”
Para além dos que procuraram abrigo além-portas, registam-se os cerca de 160 mil malianos que se refugiaram no interior do país, depois da ocupação islamista no norte. Os membros do grupo armado Ansar Dine, com ramificações à Al-Qaeda, assumiram o controlo das principais cidades nessa região. Recentemente, destruíram vários túmulos ancestrais de Timbuktu, património mundial da UNESCO.
Fonte: EURONEWS