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    “Ana Leal”: 40 casos suspeitos dos incêndios de Outubro já seguiram para a PGR

    É mais um escândalo sobre quem perdeu tudo nos incêndios de Outubro contado no do espaço de investigação coordenado pela jornalista Ana Leal

    De acordo com a TVI24, um ano e meio depois do inferno, que a 15 de Outubro de 2017 atingiu Lajeosa, concelho de Tábua, restam apenas memórias.

    No terreno onde antes estava a casa de Dora Gouveia e de avô Valdemar Garcia resta apenas a estrutura da casa e parte do interior. Apesar de Valdemar Garcia ali viver, a casa ainda não foi reconstruída.

    Num documento a que a TVI teve acesso, tanto a autarquia como a CCDR, tinham validado a reconstrução total da casa, mas uma denúncia anónima fez com que dessem o dito por não dito.

    A casa era afinal, segundo a CCDR, uma habitação não permanente, mesmo que na aldeia todos soubessem que Valdemar Garcia tinha tido um acidente de mota e que apenas se encontrava no lar até conseguir recuperar. Há, inclusive, um atestado médico que o confirma, mas que de nada valeu ao proprietário que ficou sem casa e que viu ser demolido o que pouco sobrou dela.

    Até agora, o Estado já gastou com esta casa mais de 64 mil euros, dos quais mais de 57 mil numa demolição que ninguém quis.

    Mas, ali ao lado, uma nova casa está a ser construída de raiz, quando nem sequer ardeu. Os proprietários da casa, que sempre viveram em Aveiro, vinham a Lajeosa ocasionalmente e dormiam numa autocaravana.

    Agora, ganharam uma casa maior do que a que tinham e juntam-se à lista das mais de 40 casas suspeitas que seguiram para a Procuradoria Geral da República, Provedora da Justiça e Presidente da República.

    No entanto, o caso de Valdemar não é caso único.

    Na aldeia de Parceiro, concelho de Oliveira do Hospital, Germano Marques chora a perda da mulher e da casa nos incêndios de 15 de Outubro.

    Maria Rosa morreu queimada dentro do quarto. Um ano e meio depois da tragédia, apenas uma divisão da casa foi reconstruída e até o quarto foi improvisado. Contactada pela TVI, a Câmara justifica que as obras ainda não foram feitas pela dificuldade em encontrar um empreiteiro que coloque uma grua num local tão isolado.

    No entanto, a autarquia garante que já tentou instalá-lo numa outra casa suportada pela Câmara e que, após muitas tentativas, conseguiram convencer Germano Marques para que se avançasse para a reconstrução da casa onde nasceu, ali mesmo ao lado. A verdade é que quando fizemos esta reportagem, nem sinal de qualquer inicio de obra.

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