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    Água das chuvas põe em risco o edifício dos serviços de emergências rodoviárias

    Infiltração de água, abertura de fendas no solo circunvizinho e sinais de degradação do rodapé de protecção das paredes, caracterizam o imóvel do futuro Posto de Destacamento de Prevenção e Socorros à Sinistralidade Rodoviária, erguido na paragem do Binda, 17 quilómetros a Sul de Ndalatando e cujas obras terminaram em Dezembro último.
    “Quando chove não se pode ficar no interior, porque a água atinge quase meio metro”, disseram funcionários de órgãos do Ministério do Interior em serviço no local. Receia-se que a terra continue a ceder e, por conseguinte, provocar a queda do edifício, de aspecto arquitectónico, tido como atraente.
    Um responsável do Comando Provincial do Kwanza-Norte de Protecção Civil e Bombeiros disse que o imóvel continua sob tutela do empreiteiro e vai ser informado sobre a situação.
    O estabelecimento foi concebido para múltiplos serviços de emergência. A secção de estabilização vai garantir  assistência médica de  emergência e quotidiana às comunidades com  pessoal médico e de enfermagem preparados para dar resposta às necessidades.
    Os Serviços de Protecção Civil vão estar apetrechados e habilitados para prevenir e agir em caso de catástrofes, como inundações ou incêndios nas regiões próximas, desencarcerar vítimas acidentadas, re­bocar automóveis e evacuar feridos para hospitais, inclusive por via aérea. É nesta perspectiva que foi construída a pista para helicópteros, ao fim do Morro do Binda, no sentido Ndalatando-Dondo.
    Na cerimónia de lançamento da primeira pedra, em Abril último, efectuado pelo ministro do Interior e o governador do Kwanza-Norte, ficou vincado que o Posto de Destacamento de Prevenção e Socorros à Sinistralidade Rodoviária teria polícia virada para a prevenção na estrada e patrulha da região.
    O imóvel comporta áreas operativas, gabinete de apoio, cozinha, refeitório, consultório médico, sala para tratamento clínico, quatro celas, casernas masculina e feminina, dentre e outros.

    O destacamento do Morro do Binda,  orçado em mais de um  milhão de dólares, é um dos 30 que o  Executivo angolano pretende construir, numa primeira fase,  em diversos pontos do país.
    Enquanto o posto tarda a abrir, os efectivos da Polícia de Transito e Bombeiros estão acomodados em tendas, algumas a reclamarem substituição urgente.
    O Destacamento de Prevenção e Socorro foi materializado numa altura em que a sinistralidade rodoviária no Morro do Binda quase que desapareceu, porque o tráfego entre Luanda e o resto do país passando por aquela acidentada zona baixou na ordem dos 85 por cento. Desde Maio  passado a  preferência é a via de Maria Teresa (também chamada de trombeta) que encurta o trajecto para Ndalatando em 70 quilómetros.

    Mortes nas estradas

    Apesar da redução do tráfego no Morro do Binda, as desgraças nas estradas do Kwanza-Norte continuam. Na semana passada três pessoas morreram e 13 ficaram feridas em consequência de 12 acidentes, sendo seis colisões, quatro atropelamentos, um despiste e um capotamento.
    Falta de prudência, excesso de velocidade e ignorância ao critério de prioridade  são apontadas como as causas dos acidentes. Segundo o Comando Provincial do Kwanza-Norte da Polícia Nacional, os  danos materiais estão estimados em mais de  milhão de kwanzas.
    A Polícia deteve na última semana 16 pessoas com idades compreendidas entre os 19 e 40 anos, por 29 crimes de natureza diversa, dos quais 26 foram esclarecidos.
    Destes crimes, segundo o comando provincial, destacam-se ofensas corporais voluntárias, oito furtos e roubos ocorridos principalmente nos municípios de Ambaca, Cambambe, Lucala, Golungo-Alto e Samba-Cajú.
    A Polícia apreendeu também 10 motociclos por falta de matrículas, 22 cartas de condução, 11 livretes, igual quantidade de verbetes e títulos de registo de propriedade por infracções como excesso de lotação, falta de capacete,  falta de uso do cinto de segurança e  uso de telemóveis durante a condução, tendo sido aplicadas 55 multas, orçadas em 564.878 mil Kwanzas.
    O comando provincial dos Serviços de Bombeiros e Protecção Civil anunciou que durante o mesmo período houve ainda o desalojamento de 13 famílias, três incêndios de pequenas proporções e quatro invasões de abelhas, em N­dalatando.
    O porta-voz da instituição,  Andre da Costa Damião,  disse o desalojamento é resultado de inundações a 13 residências de adobe da vila das Banga e nos bairros da Primeiro de Agosto e Kipata, em Ndalatando, na sequencias das re­centes chuvas.
    O porta-voz  acrescentou que no município do Lucala,  34 residências ficaram sem tecto devido a ventos fortes. As causas dos incêndios são atribuídas a curto-circuito, tendo-se registado a maioria no troço entre Zenza de Itombe e Aldeia e no bairro Azul,  em Ndalatando.
    Os sinistros resultaram  no ferimento por queimadura de três pessoas e na  destruição de duas viaturas e  motorizada.

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