A criação de uma bolsa para a comercialização de milho e feijão, a implementação de subsídios aos combustíveis e a gestão de um fundo rotativo, foram apontadas hoje, na cidade do Luena, como principais estratégias para alavancar o sector agropecuário do país.
Estas estratégias, segundo os prelectores presentes ao I Conselho Consultivo alargado do Ministério da Agricultura e Florestas (MINAGRIF) são propícias para se dinamizar em grande escala o sector agro-pecuário, escolhido pelo Executivo angolano como uma das áreas importantes na diversificação e fortalecimento da economia nacional.
O director nacional do Comércio Interno para os Serviços Mercantis, Estêvão Chave, ao dissertar sobre o tema “O comércio rural como alavanca para a produção agrícola”, defendeu a organização da actividade comercial, a reabilitação das suas infra-estruturas, construção de estradas nacionais e secundarias e vias ferroviárias para contribuir na dinamização e valorização das culturas do campo.
Sugeriu ao Executivo a aplicação de políticas concretas de orientação, projectos integrados com alinhamentos estratégicos, um fundo de financiamento do governo e dos bancos aos reais agricultores e o incentivo as pessoas a regressarem as zonas rurais.
O director nacional da Agricultura, José Carlos Bettencourt, é de opinião que se deve prestar apoio financeiro aos técnicos e produtores de milho e feijão por serem consideradas culturas mais lucrativas no mundo e também para acabar com a importação destes produtos.
Defendeu a criação de um crédito ou subsídio agrícola para as questões de combustíveis, com vista a desenvolver o sector da agricultura, principalmente, nas zonas longínquas e mais produtivas do país, sugerindo para tal, a busca de experiência de países como a Namíbia.
Por seu turno, o director nacional do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), David Tunga, ao dissertar sobre o tema “Estratégias de gestão do fundo rotativo”, explicou que este meio é necessário para garantir o empoderamento das comunidades rurais, assegurando condições para efectivar o processo produtivo, através do fornecimento regular de insumos e da captação de recursos provenientes da sua comercialização, de forma a contribuir na redução da fome, pobreza e do êxodo rural.
Informou que o fundo visa financiar as actividades produtivas, principalmente, a dos camponeses mais necessitados das comunidades rurais.
A implementação do Fundo Rotativo ou Caixas Comunitárias irá igualmente relançar a actividade da apicultura, piscicultura e outras áreas de produção afectas ao Ministério da Agricultura, disse. (Angop)