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    Agência diz que sem acção imediata, mais de 31 milhões de africanos vão passar fome

    Alerta é do Programa Mundial de Alimentos, PMA; aumento é iminente nas regiões Ocidental e Central; causas incluem alta de preços, conflitos e impacto da pandemia; mais de 5 milhões de crianças com desnutrição aguda vivem no Sahel. 

    O Programa Mundial de Alimentos, PMA, pediu ação imediata para evitar que a falta de comida cause uma situação de catástrofe na África Ocidental e Central. Mais de 31 milhões de pessoas devem enfrentar insegurança alimentar na área.

    A agência alerta que a temporada de escassez vai de junho a agosto, antes da próxima colheita.

    Segurança Alimentar   

    O PMA adverte que o total supera em 30% o número de vítimas em 2020 e atingirá um dos maiores níveis em uma década. A análise da Cadre Harmonisé, que avalia a segurança alimentar, foi feita em parceria com o Comité Interestadual Permanente para o Controle da Seca no Sahel.

    Amarcia é uma das 1,5 milhões de pessoas que foram deslocadas no Níger devido ao conflito na região central do Sahel (Foto: OIM/Monica Chiriac)

    Diariamente, milhões de famílias passam fome e desespero com a alta de preços de alimentos. A emergência coincide com conflitos e consequências socioeconómicas da Covid-19.

    A análise aponta como situações mais preocupantes a da Serra Leoa, onde a desvalorização da moeda disparou os preços dos produtos básicos. O arroz chegou a aumentar até 70% no país.

    Na África Ocidental, a escalada da violência e os deslocamentos provocaram insegurança alimentar aguda no norte da Nigéria, Burquina Fasso, Mali, Níger, República Centro-Africana e em regiões do noroeste e sudoeste dos Camarões.

    Pastores guiam seus rebanhos no Niger, no Sahel (Foto: FAO/Giulio Napolitano)

    Vítimas  

    Cerca de 10 milhões de crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição aguda. O Sahel concentra metade desse número, que pode aumentar devido às novas vítimas da fome e dos altos preços alimentares.

    Este ano, o PMA precisa de US$ 770 milhões para operar em 19 países da região nos próximos seis meses.

    A agência planeja assistir quase 18 milhões de pessoas na África Ocidental e Central. Pelo menos 68% estão em crise e precisam de resposta emergencial.

    A agência adverte que sem fundos haveria uma redução alimentar para os necessitados, especialmente as vítimas de fome causada pelos conflitos.

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