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    Zona orbital inesperada: ‘planeta proibido’ é descoberto no Deserto de Neptuno

    Um exoplaneta com uma atmosfera menor que a de Neptuno foi descoberto por um grupo internacional de astrónomos liderado pela Universidade de Warwick, no Reino Unido.

    De acordo com a Sputnik, o NGTS-4b foi nomeado “planeta proibido” pelos pesquisadores porque, apesar de ter uma atmosfera gasosa, ele está localizado em uma área conhecida como “Deserto de Neptuno” – uma região considerada inóspita para planetas gasosos semelhantes a Neptuno.

    Esta área recebe calor e radiação tão fortes que se pensava que os planetas não seriam capazes de reter sua atmosfera gasosa e que ela simplesmente evaporaria, deixando apenas um núcleo rochoso, revela o estudo publicado pela Royal Astronomical Society.

    Os pesquisadores acreditam que o planeta pode ter entrado nessa zona há relativamente pouco tempo, no último milhão de anos. Além disso, o exoplaneta está posicionado a 920 anos-luz de distância do nosso planeta, tem uma massa 20 vezes superior à da Terra e um raio 20% menor que Neptuno.

    Daniel Bayliss, da Universidade de Warwick, que trabalhou no estudo, disse que o planeta está “muito, muito perto da sua estrela” e que “a orbita a cada 1,3 dia”.

    “Quando se está tão perto de uma estrela, acaba-se recebendo muita radiação da estrela e é o suficiente para remover as camadas de uma atmosfera em um planeta que tem aproximadamente o tamanho de Neptuno. Achamos que a temperatura é provavelmente de cerca de 1.000 graus Celsius neste planeta”, ressaltou.

    O pesquisador explica que ninguém imaginava que um planeta “do tamanho de Neptuno, tão perto da estrela hospedeira”, poderia manter sua integridade e não se evaporar.

    “E é por isso que ele foi apelidado de ‘Deserto de Neptuno’ ou ‘Zona Proibida’. Assim, esta descoberta veio como uma surpresa para nós”, enfatizou Bayliss.

    “Para que este ‘planeta proibido’ exista, deve haver algo mais acontecendo que ainda não tenha sido descoberto. É possível que o sistema seja muito jovem e não tenha tido tempo de evaporar o planeta. Ou talvez o planeta tenha se mudado para lá recentemente”, complementou.

    Ele também sugere que há a possibilidade que a “estrela simplesmente não está emitindo a radiação” anteriormente imaginada e que, de alguma forma, ela “não tem sido suficiente para evaporar o planeta”.

    A descoberta do exoplaneta foi feita pelo Observatório Paranal, localizado no deserto de Atacama, no Chile.

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