A União Africana apelou, na segunda-feira, à comunidade internacional para ajudar as famílias dos mortos e feridos nas explosões que ocorreram num paiol em Brazzaville e manifestou a sua tristeza pelo acidente.
Em comunicado, a organização continental indicou que “o presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, soube com tristeza a notícia das explosões em Brazzaville, após o incêndio num paiol de armas e munições”.
O documento da União Africana informou que Jean Ping “deplorou o número importante de mortes registadas no quadro deste incidente, bem como as centenas de pessoas feridas nas explosões”.
Ao apresentar “sentidas condolências” às famílias dos desaparecidos, ao povo e ao Governo do Congo, o líder de transição da Comissão da União Africana instou também os países-membros da organização e à comunidade internacional a ajudarem o Governo congolês face a esta tragédia.
Pelo menos 150 pessoas morreram e várias ficaram feridas nas explosões ocorridas domingo no Quartel do Regimento Blindado situado em Mpila, a leste de Brazzaville, próximo dum bairro residencial, informaram fontes locais.
Um depósito de munições perto do que explodiu no domingo em Brazzaville está ameaçado pelo risco de propagação do fogo.
Uma fonte que pediu anonimato indicou que os dois depósitos subterrâneos estão localizados a cerca de 100 metros um do outro, no regimento de blindados do bairro Mpila, a leste da capital do Congo e que vários técnicos foram ao local para avaliar a situação. “Existe o risco de propagação, porque o fogo (…) pode alcançar o outro depósito”, disse a fonte.
O ministro do Interior da RD Congo, Raymond Mbolou, afirmou que o incêndio pode ter sido provocado por um curto-circuito. Nas ruas adjacentes ao depósito de munições, centenas de casas foram destruídas. “A prioridade é apagar os focos de incêndio que restam no depósito de munições”, disse o ministro do Interior. As autoridades habilitaram duas igrejas e um mercado para receber os desalojados, estimados em mais de três mil.
Fonte: Jornal de Angola