VOA | Armando Chicoca
A seca que se faz sentir no sul de Angola está agora também a afectar empresas nacionais com muitas a encerrarem as suas portas ou terem os seus bens confiscados para pagamento de dívidas a bancos.
Esta situação está-se a registar particularmente na província do Cunene onde empresários que tinham dado como garantia de empréstimos o seu gado viram as suas propriedades penhoradas por falta de pagamento e pelo gado ter morrido ou já não ter o valor anterior.
Um caso recente foi a empresa JK Construções que obteve crédito para compra de mercadorias que foram destruíam cheias ali registadas não conseguindo agora honrar o pagamento, disse o advogado da empresa Tomé Teixeira.
O gado que serviria de garantia foi afectado pela seca deixando de ter o valor prometido.
A empresa perdeu o seu edifício a favor do banco conforme decisão do tribunal.
Outra empresa de construção que era uma das maiores empregadoras da província também fechou as suas portas.
António Jerónimo, co-fundador da Câmara Empresarial do Cunene disse que a província poderá nos próximos tempos não ter empresários residentes.
Muitos estão a emigrar para a República da Namíbia, disse.