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    ONU e União Africana pedem progresso no acordo de paz do Sudão do Sul

    A ONU e a União Africana (UA) pediram hoje aos protagonistas da guerra civil no Sudão do Sul que tomem medidas concretas para aplicar o acordo de paz assinado em 12 de setembro.

    “Esperamos uma melhoria na situação da segurança e outros sinais positivos que possam dar confiança à comunidade internacional e mobilizá-la”, referiu o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para as Operações de paz, Jean-Pierre Lacroix, em conferência de imprensa, em Juba, capital do Sudão do Sul.

    Acompanhado pelo Comissário para a Paz e Segurança da UA, Smaïl Chergui, Jean-Pierre Lacroix realizou uma visita de três dias ao Sudão do Sul, durante a qual visitou um acampamento de Protecção de Civis (PoC), em Bentiu, norte do país, gerido pela ONU, que acolhe 114 mil pessoas.

    “Os parceiros do Sudão do Sul (internacionais) gostariam que alguns aspectos se concretizassem, em particular, um cessar-fogo efectivo”, acrescentou Lacroix, afirmando que “bolsas de combate” permanecem no país.

    Jean-Pierre Lacroix defendeu que “as diferentes partes em si (devem) assumir a liderança para avançar no processo de paz”.

    Smaïl Chergui prometeu que a UA “solicitará contas a quem tome outra rota”, sem afirmar que medidas de retaliação a sua organização poderia aplicar.

    Apenas dois anos e meio depois da independência, o Sudão do Sul entrou em guerra civil em Dezembro de 2013. O conflito, marcado por atrocidades étnicas, provocou dezenas de milhares de mortos e milhões de pessoas do Sudão do Sul fugiram das suas casas.

    Em 12 de setembro, o Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e o líder da principal facção opositora, Riek Machar, ratificaram o acordo de paz alcançado em 05 de Agosto, num encontro na capital da Etiópia.

    O acordo foi assinado em Adis Abeba pelos dois líderes, juntamente com as demais partes implicadas no conflito, numa cimeira extraordinária de chefes de Estado da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento no Leste de África (IGAD, na sigla original), organismo que supervisiona o processo de paz.

    O presidente desta organização e primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, felicitou então os signatários.

    O pacto inclui dois documentos principais: o protocolo sobre os assuntos de segurança, que foi fechado no início de Julho, e a partilha do poder, parte principal do acordo e que foi assinada numa cerimónia em Cartum (capital do Sudão), em 05 de Agosto.

    Estes documentos preveem um cessar-fogo num período transitório de oito meses e a posterior constituição de um governo de unidade nacional, que deverá manter o poder durante três anos, a que se seguirá a realização de eleições. (Notícias ao Minuto)

    por Lusa

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