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    Obras ilegais investigadas em Benguela

    Com a dívida pública angolana na ordem do dia, detectada que foi a cifra de 25 por cento correspondente a serviços fraudulentos, a Inspecção de Finanças na província angolana de Benguela alerta para a existência de milhares de obras sob inquérito devido a suspeitas de ilegalidades.

    É ponto assente que o Governo não vai pagar dívidas sem contratos, conforme deixou claro o governador Rui Falcão, e que os culpados serão responsabilizados judicialmente.

    São pelo menos 150 as obras na mira da Inspecção de Finanças, de onde o processo avançará para o Ministério Público, que será confrontado com vários cenários, realçando-se o pagamento feito a empresas que nem sequer moveram uma única palha.

    Há também casos de obras abandonadas, embora com algum investimento do Estado, porque, de acordo com o construtor Osvaldo Santos, que ajuda a perceber as razões, o tráfico de influências dominou os negócios nos últimos anos.

    “Aqui em Benguela taparam-nos os olhos e … nós como empresa ficamos três anos sem uma obra. Tal como muitas outras, deixámos de ir a concursos públicos. Quem distribuía as obras eram os governadores’’, explica Santos, que fala em ‘’relutância por parte do Executivo’’.

    Outro empresário, Pedro Ngala, por sinal funcionário do Governo, diz que não caiu na cilada porque já estava à espera de uma situação como esta.

    “Sabíamos que as coisas não eram feitas mediante o que é legal. Por isso não caímos nesta armadilha, haverá consequências’’, alerta o empresário, certo de que ‘’quem remedeia espera ser prejudicado amanhã’’

    Em declarações à VOA, a deputada Navita Ngolo, da bancada parlamentar da UNITA, afirma que o momento actual vem dar consistência à necessidade de uma auditoria à dívida pública.

    “O orgulho dos Governos, às vezes, chaga a colocá-los numa situação ridícula. Desta forma, não mais recursos o Executivo pode ter para atender a necessidades dos cidadãos. Esta dívida, falsa que é, tem peso nos bolsos do cidadão, até o das próximas gerações’’, alerta a também economista.

    O delegado provincial das Finanças, Domingos Bento, limita-se a confirmar os dados avançados pela VOA, ciente de que haverá responsabilização judicial, mas sublinha que só emite uma declaração no momento oportuno. (Voa)

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