![BNA (Foto: Contreiras Pipa)](https://www.portaldeangola.com/wp-content/uploads/2015/04/BNA3-Contreiras-Pipa-JEF.jpg)
(Foto: Contreiras Pipa)
Desde Outubro, o banco central subiu duas vezes a Taxa BNA e outras tantas o coeficiente de reservas obrigatórias dos bancos, tornando o crédito mais escasso e mais caro. Empresas estão a pagar quase 19% por empréstimos até seis meses. Remuneração dos depósitos também tende a subir, mas proporcionalmente menos que o crédito.
O Comité de Política Monetária (CPM) aumentou segunda- feira, 30 de Março, a Taxa Básica de juro do Banco Nacional de Angola (BNA) de 9% para 9,25%, o quarto aperto da política monetária em cinco meses, reforçando a tendência para os empréstimos se tornarem mais caros.
O BNA não determina as taxas de juro, mas pode influenciá- las através da Taxa Básica, também conhecida por ‘Taxa BNA’, que serve de referência ao mercado interbancário. O mercado interbancário é aquele onde os bancos que têm excesso de liquidez emprestam dinheiro aos que dela precisam. Estas trocas de liquidez fazem-se a uma taxa de juro chamada LUIBOR, acrónimo inglês de taxa interbancária de oferta de fundos do mercado de Luanda.
Se a Taxa Básica serve de referência às taxas LUIBOR, estas servem de referência às taxas de juro do crédito a clientes. Quando as empresas e as famílias vão ao banco pedir dinheiro, ele cobra-lhes uma taxa LUIBOR, acrescida de uma margem, que depende do risco. Cronologicamente, quando o CPM sobe a ‘Taxa BNA’, esse aumento contagia a LUIBOR, que, por sua vez, faz subir as taxas a que os bancos emprestam dinheiro aos clientes. (expansao.ao)
Por: Carlos Rosado de Carvalho