O ministro dos Transportes, Augusto Tomás, inaugurou ontem, em Luanda, seis estações ferroviárias, nomeadamente da Textang, Rotunda, Musseque, Filda, Gamek e Comarca, no âmbito do projecto de reabilitação e modernização dos Caminhos-de-Ferro de Luanda (CFL).
Augusto Tomás disse que tais inaugurações representam o culminar de mais uma fase de um ambicioso projecto do Executivo que permitiu erguer até agora 26 estações da linha que liga as províncias de Luanda, Bengo, Kwanza-Norte e Malange.
A linha férrea que liga as províncias de Luanda e Malange tem 424 quilómetros, com um ramal que chega à cidade do Dondo, sede municipal de Cambambe, na província do Kwanza-Norte.
Sobre as vantagens que o projecto de modernização do CFL vai trazer à população, o ministro dos Transportes salientou que são já visíveis os ganhos registados no desenvolvimento da região por onde passa o comboio, porque se transporta cargas, pessoas e acima de tudo porque vai permitir que sejam criados mais de 1500 novos postos de trabalho.
Segundo Augusto Tomás, a próxima etapa do seu Ministério é consolidar aquilo que já está feito e criar mais condições a nível da formação técnica e manutenção das locomotivas, de modo a que haja maior sustentabilidade no processo que se está a levar a cabo a nível dos caminhos-de-ferro em Luanda, Benguela e Namibe.
“Também vamos continuar a trabalhar para dar resposta às necessidades fundamentais das populações, com a implementação de mais redes de transportes que permitam aumentar a coesão social e económica, visando o desenvolvimento dos sectores da agricultura, pescas e da indústria”, sublinhou. Moisés Gomes, 62 anos, presente na estação da Filda, disse que a inauguração das seis estações mostra claramente o trabalho que tem sido feito pelo Executivo para melhorar as condições de vida das populações. “O comboio é um meio mais barato que o candongueiro e vai ajudar as pessoas a fazer poupança”, disse.
Formação de maquinistas
O Ministério dos Transportes formou durante um período de três meses 19 jovens maquinistas, que numa primeira fase vão dirigir o comboio da estação de Viana até ao Musseque, com ajuda de um profissional experiente para ganharem prática e depois poderem fazer viagens interprovinciais.
Leopoldo Inácio, de 20 anos, é o maquinista mais novo, Contou que ganhou o gosto pelo comboio na infância. O pai era maquinista e, de vez em quando, levava-o a passear de comboio. “Os meus amigos já diziam que eu seria um maquinista e o que diziam foi concretizado”.