Luena – A província do Moxico, nos 12 anos de paz do país, engajou-se na melhoria dos sectores da educação e saúde, com a construção de escolas e centros de saúdes, visando proporcionar paulatinamente as melhores condições às populações.
Esta afirmação é do governador, João Ernesto dos Santos “Liberdade”, em entrevista quarta-feira à Angop e ao Jornal de Angola sobre o 4 de Abril, Dia da Paz e da Reconciliação Nacional.
Para João Ernesto dos Santos, o sector da educação ganhou em 2010 um Instituto Superior Politécnico agregado a universidade José Eduardo dos Santos (UJES).
A mesma instituição, de acordo com o governador, vai pôr este ano, no mercado, os primeiros licenciados, o que diminui a carência de quadros nas áreas da educação e saúde.
Apontou, no caso das Engenharia Informática, Gestão e Contabilidade, entre outros, que o Moxico vai ter igualmente estudantes formados nos anos subsequentes.
Garantiu também que até ao final do ano em curso serão construídas 92 escolas com 10 a 14 salas de aulas, do I e II ciclos de ensino, em toda a província, o que vai permitir expandir o ensino secundário nos nove municípios que compõem a província.
Para o governante, a paz tem sido a alavanca que permite que a expansão do ensino do II ciclo no interior dos municípios seja acompanhada da construção de residências e outras condições básicas, para atrair a permanência dos professores de nível superior.
Relativamente a saúde, João Ernesto dos Santos enumerou a reabilitação e construção em curso do hospital provincial, com capacidades para 300 camas, construção de dois hospitais municipais de referência no Moxico (sede) e Camanongue, ambas com 130 camas, uma nova maternidade (120 camas) e centros e postos de saúde nas periferias do Luena e municípios, cujas obras terminam este ano.
“O funcionamento das unidades sanitárias de referência vai aproximar os serviços de saúde aos cidadãos com maior qualidade e diminuir as mortes materno-infantis, além de melhorar a saúde reprodutiva e a atenção primária a saúde comunitária”, explicou.
Por outro lado, salientou que a paz está a permitir igualmente a livre circulação de pessoas e bens em todo o país, visto que antes desta data não era possível.
Agora, mencionou, a circulação de pessoas e bens vai aumentar com o fim das obras de construção e reabilitação de pontes, estradas Luena-Lucusse-Lumbala Nguimbo e Lumbala Nguimbo-Ninda, entre outros.
A chegada do comboio do Caminho-de-Ferro de Benguela é outra “marca da paz”, assinalou o governador, pois impulsiona a transportação de pessoas e mercadorias em grande quantidade do litoral para o interior, até a fronteira com a República Democrática do Congo (RDC).
A construção, no sector de energia, de duas centrais térmicas, com capacidade para quatro e oito kvas, respectivamente, foi ressaltado como fazendo parte dos ganhos da paz. (portalangop.co.ao)