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    Morreu o nacionalista e poeta Arlindo Barbeitos

    O poeta, nacionalista e professor universitário, Arlindo do Carmo Pires Barbeitos, morreu nesta quarta-feira, 31, em Luanda, vitima de doença, aos 80 anos.

    Arlindo Barbeitos nasceu a 24 de Dezembro de 1940, em Catete, município de Icolo e Bengo, província de Luanda. Passou a infância entre Catete e o Dondo, no Cuanza-Norte, fez os estudos primários e secundários em Luanda. Aos 17 anos foi para Portugal, de onde saiu com 21 anos por motivos políticos, indo para França e Alemanha, onde fez estudos de Sociologia, Antropologia, além de Filosofia, Economia e Estatística na Universidade de Frankfurt. Em 1971 aderiu ao MPLA, regressando a Angola integrado nas suas fileiras, dando aulas na Frente Leste.

    Em 1972, vítima de doença, vai tratar-se na Europa, onde volta a estudar, iniciando uma tese de doutoramento em Etnologia sobre “As realezas sagradas”. Na sequência do 25 de Abril, regressa ao país em 1975.

    Foi professor no ISCED (Lubango) e adido cultural naArgélia. A esposa, a escritora Maria Alexandre Dáskalos, faleceu no dia 20 de Março, em Luanda.

    Academia Angolana de Letras lamenta

    A Academia Angolana de Letras (AAL) lamentou a morte de Arlindo Barbeitos, que considera “figura ímpar da nossa intelectualidade” e que “deixou as suas impressões na vanguarda do nacionalismo angolano, destacando-se como incansável defensor da Cultura africana”.

    Numa mensagem, a AAL lembra, ainda, que Arlindo Barbeitos foi primeiro tradutor do Presidente Agostinho Neto. Membro fundador da União dos Escritores Angolanos, deixa uma vasta obra literária, com realce para Angola, Angolê, Angolema (1976), Nzoji (1979), o Rio, Estórias de Regresso (1985) e Fiapos de Sonho (1992). A Academia Angolana de Letras expressa, em nome de cada um dos seus académicos, a sua solidariedade à família e sentimentos de pesar.

    Ministro Jomo Fortunato consternado

    O ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato, também se manifestou profundamente consternado com a morte do poeta, professor e investigador angolano, Arlindo Barbeitos, a quem considera um “intelectual de dimensão enciclopédica”.

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