O Estado moçambicano perde anualmente 26,7 milhões de euros de receitas devido à pesca ilegal, prática que impede o setor de aumentar a sua parcela no PIB, disse hoje o diretor Nacional de Fiscalização de Pescas.
Falando à imprensa, à margem de uma Reunião Nacional sobre Fiscalização Pesqueira, realizada em Quelimane, centro de Moçambique, Manuel Castiano afirmou que cerca de duas mil toneladas de produtos pesqueiros são anualmente retiradas de forma ilegal das águas moçambicanas.
“A pesca ilegal não é só uma preocupação económica, é também social, porque mais de 100 mil moçambicanos dependem diretamente da pesca e mais de 530 mil dependem de uma forma indireta”, declarou Manuel Castiano.
As atividades ilegais nas águas moçambicanas, assinalou o diretor Nacional de Pescas, impedem o setor pesqueiro de aumentar a sua contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB), atualmente estagnada em três por cento.
A cooperação intersetorial, incluindo com as forças de defesa e segurança, bem como o reforço de meios materiais e humanos no combate à pesca ilegal são as medidas que se impõem na luta contra a pesca.
No total, a pesca ilegal priva os estados africanos de mais de 785 milhões de euros de receitas, disse Manuel Castiano.
FONTE: Lusa