O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, e o Presidente da Tanzânia, John Magufuli, discutiram a importância da cooperação bilateral e regional no combate ao terrorismo, com Moçambique a sofrer constantes ataques no norte do país.
O primeiro-ministro afirmou na semana passada no parlamento que “as acções terroristas estão a criar centenas de milhares de deslocados internos, cujo número se situa, actualmente, em mais de 435 mil pessoas”.
“Os dois países devem estar juntos” neste combate aos insurgentes, afirmou o primeiro-ministro moçambicano, no regresso da Tanzânia, onde Carlos Agostinho do Rosário participou na tomada de posse de John Magufuli.
Uma cooperação essencial para estabilizar a região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), lembrou o chefe do executivo moçambicano.
Os insurgentes, que Moçambique alega estarem associados ao grupo extremista auto-proclamado Estado Islâmico, iniciaram os ataques em 2017, mataram mais de 1500 pessoas, destruindo infra-estruturas estatais, no norte do país, que faz fronteira com a Tanzânia.
A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, voltou a pedir aos países da Europa e América apoio humanitário para os deslocados devido à violência armada em Cabo Delgado.
A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, é palco há três anos de ataques armados desencadeados por forças classificadas como terroristas.