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    Marcelo faz forte crítica às “elites que falharam” e glorifica o povo

    Primeiro discurso das comemorações do 10 de Junho foi curto e essencialmente dirigido aos portugueses da “raia miúda” que muito se sacrificou em momentos de crise. Presidente da República fez retrospetiva histórica a partir do simbólico Terreiro do Paço, em Lisboa.

    A “raia miúda” de um lado da barricada, as elites da outra. O Presidente da República pôs-se do lado da primeira no discurso das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Marcelo Rebelo de Sousa glorificou os sacrifícios do povo, desde sempre e num tom claro de crítica a condenar a traição dos poderosos do país.

    “Nos momentos de crise, o povo soube compreender os sacrifícios e privações em favor de um futuro mais digno e justo. O povo, sempre o povo, a lutar por Portugal. Mesmo quando algumas elites, ou melhor, as que tal se julgavam, nos falharam em troca de prebendas vantajosas, títulos pomposos, autocontemplações deslumbradas ou simplesmente tiveram medo de ver a realidade e decidir com visão e sem preconceitos”

    O chefe de Estado não especificou a que elites se referia, mas aludiu a um período recente da História do país.

    Povo sem sombra de dúvidas a palavra que mais utilizou – pelo menos 16 vezes – no curto discurso de cerca de 5 minutos. Também a ele se referiu por uma vez como “raia miúda”, aquela que “valeu” Portugal em muitas ocasiões da História.

    “O povo que não vacila, não traia, não se conforma, não desiste. A sabedoria hoje como há 9 séculos reside no povo. Portugal avançou e cresceu sempre que as elites interpretaram a vontade popular e os seus desígnios”

    Remeteu para os “momentos de crise, quando a pátria é posta à prova”. E neles foi “sempre o povo” quem assumiu o “papel determinante”, o povo armado e não armado.

    A escolha do Terreiro do Paço para se dirigir aos portugueses a meio da manhã esteve carregada de simbolismo, explicado pelo próprio. “O nosso cosmopolitismo, para não dizer o nosso universalismo começou aqui, aqui a independência foi perdida e recuperada e por isso a nossa liberdade lhe está associada. Neste espaço, a praça que aqui existia tudo desapareceu com o terramoto. Foi aqui também que demos prova que somos capazes, de que fibra somos feitos”.

    O Terreiro do Paço é o “símbolo maior do nosso imaginário coletivo” para Marcelo Rebelo de Sousa que, para além da lição histórica, quis lançar também uma mensagem para o que há-de vir: “Partimos uma vez mais rumo ao futuro. Somos portugueses, como sempre triunfaremos”.

    Também Marcelo Rebelo de Sousa parte hoje para Paris, para se juntar à comunidade portuguesa e, com ela, celebrar a pátria e condecorar alguns dos emigrantes portugueses que ajudaram a abrigar pessoas que fugiam dos atentados da capital francesa, em novembro passado. “Um exemplo de solidariedade e humanismo que devem ser realçados, mostrando assim que estamos atentos e gratos a todos esses portugueses, que nos honram e orgulham, fazendo-nos vibrar por pertencermos à pátria que somos”. (TVI24)

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