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    Maioria parlamentar guineense acusa PR e aliados de tentarem criar tensão no país

    Observador|Lusa

    Os quatros partidos guineenses que formam a maioria no parlamento da Guiné-Bissau, depois das legislativas de 10 de Março, acusaram o Presidente do país, José Mário Vaz, e aliados de tentarem criar um “ambiente de tensão”.

    “Os partidos reunidos nesta maioria parlamentar para a estabilidade governativa decidem responsabilizar o Presidente da República e os partidos a ele associados por todo o ambiente de tensão e perturbação social que pretendem instaurar no país”, referem, em comunicado, com data de sábado, e a que a Lusa teve hoje acesso.

    No comunicado, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), União para a Mudança (UM) e Partido da Nova Democracia (PND) referem também a sua absoluta indisponibilidade em negociar as leis da República e a sua determinação intransigente em respeitar e fazer cumprir a Constituição.

    Os quatro partidos, que assinaram um acordo de incidência parlamentar e governativa e juntos representam 54 dos 102 deputados do hemiciclo guineense, alertam também a comunidade internacional para a “gravidade da situação política prevalecente no país eventualmente agravada pelos posicionamentos menos assertivos e pouco transparentes de alguns dos seus membros”.

    A Guiné-Bissau realizou eleições legislativas em 10 de Março e quase dois meses depois ainda não foi indigitado um primeiro-ministro, nem um novo Governo.

    O novo impasse político na Guiné-Bissau surgiu em 18 de Abril, logo após a cerimónia de tomada de posse dos novos deputados, com a eleição da mesa da Assembleia Nacional Popular.

    Depois de os deputados terem reconduzido no cargo Cipriano Cassamá, do PAIGC, e eleito Nuno Nabian, líder APU-PDGB para primeiro vice-presidente, o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), segundo partido mais votado nas legislativas, não conseguiu fazer eleger para o cargo de segundo vice-presidente do parlamento o seu coordenador nacional, Braima Camará.

    O Madem-G15 recusa avançar com outro nome para o cargo.

    O Partido de Renovação Social (PRS), terceira força mais votada nas legislativas de 10 de Março, também reclama a indicação do nome do primeiro secretário da mesa do parlamento.

    A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEEAC), que tem mediado a crise política na Guiné-Bissau, deslocou-se na semana passada a Bissau e pediu aos actores políticos guineenses diálogo construtivo, para colocarem os interesses do país em primeiro lugar e pediu urgência na nomeação do primeiro-ministro e do Governo.

    A Guiné-Bissau deverá realizar eleições presidenciais ainda este ano, já que o mandato do Presidente do país termina em Junho.

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