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    Líder da CGTP diz que troika devia pedir desculpas por “roubo organizado”

    O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, defendeu hoje que, se a ‘troika’ estivesse interessada em “ajudar aqueles que precisam”, o que devia era “pedir desculpas” pelo “roubo organizado que está a fazer” em Portugal.

    “Se porventura esta gente [‘troika’] estivesse interessada em ajudar aqueles que precisam, a primeira coisa que faria publicamente era pedir desculpas por este roubo organizado que está a fazer ao país e aos trabalhadores portugueses”, afirmou.

    Arménio Carlos falava à Agência Lusa em Évora, à margem de uma cerimónia que assinalou o centenário da realização, naquela cidade alentejana, do 1.º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais.

    O líder da CGTP foi questionado pela Lusa sobre a chegada a Portugal, na próxima terça-feira, dos técnicos da ‘troika’ (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional). Esta missão inicia, nesse dia, a quinta revisão do programa de assistência financeira internacional a Portugal, segundo o Ministério das Finanças.

    Segundo o secretário-geral da CGTP, o país tem cada vez “maior dependência estrangeira” e vai terminar 2012 com “uma dívida de 112 por cento” do Produto Interno Bruto (PIB), não sendo mais animadoras as perspetivas para 2013: “Daqui a um ano vamos ter a dívida a aumentar para cerca de 118 por cento do PIB”.

    “O que esta ‘troika’ estrangeira está a fazer e o que o Governo do PSD/CDS-PP está a implementar é uma política de asfixia da economia portuguesa e, simultaneamente, de asfixia dos portugueses”, o que “põe em causa o futuro do país”, assegurou.

    Quanto à execução orçamental divulgada esta semana, que mostra que a receita fiscal do Estado caiu 3,5 por cento nos primeiros sete meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2011, Arménio Carlos afirmou que não constituiu qualquer surpresa.

    O boletim de execução orçamental indicou ainda uma quebra de 4,7 por cento na receita dos impostos indiretos, enquanto os impostos diretos, que na primeira metade do ano tinham crescido, também registaram uma variação homóloga negativa até julho: -1,6 por cento.

    “O que confirma é aquilo que todos nós sabíamos, mesmo aqueles que não são economistas. É que, com recessão, não há aumento da receita e só pode haver aumento do desemprego, das desigualdades e também da pobreza”, argumentou o líder da CGTP.

    Arménio Carlos frisou ainda que estes dados confirmam que 2012 “é um ano desperdiçado”, insistindo que estão postos “em causa, não só os direitos das populações e dos trabalhadores, como inclusive o futuro do próprio país”.

    FONTE: IONLINE

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