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    Human Rights Watch acusa forças de segurança venezuelanas de torturar opositores

    (D.R)
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    As forças de segurança venezuelanas cometem “graves abusos” contra os manifestantes antigovernamentais e praticam a tortura contra dissidentes políticos, refere um relatório hoje divulgado pela ONG Human Rights Watch (HRW).

    A organização, sediada em Nova Iorque, afirma que em numerosos casos os serviços do procurador-geral da Venezuela e dos magistrados “conhecem, participam ou toleram os abusos cometidos contra os manifestantes e detidos, incluindo graves violações dos seus direitos”.

    A Venezuela está confrontada com uma vaga de manifestações, por vezes violentas, contra o governo do Presidente Nicolas Maduro, que já provocaram 41 mortos desde fevereiro, na maioria civis.

    Um inquérito conduzido em março pela HRW revelou “provas sólidas” de violações dos direitos humanos em 45 casos, incluindo 150 civis em Caracas e em três outros estados do país. Pelo menos em dez casos, “os abusos consistiram claramente em tortura”, acrescenta o relatório da ONG, com o diretor da divisão Américas, o chileno José Miguel Vivanco, a anunciar “uma das crises mais sérias desde há anos na Venezuela”.

    “Na maioria dos casos estudados, as forças de segurança fizeram uso ilegal da força, nomeadamente através da utilização de armas de fogo e espancamentos de pessoas não armadas”, refere a HRW. Quase todas as vítimas foram detidas e submetidas a maus tratamentos físicos e psicológicos, acrescenta o relatório.

    A ONG assegura ainda que as forças de segurança permitem que milícias pró-governamentais ataquem civis não armados, e em alguns casos colaboram com estes grupos.

    A HRW sublinha que os manifestantes também protagonizaram ações violentas, com o lançamento de pedras ou ‘cocktails molotov’, e indica que diversos membros das forças de segurança também foram mortos ou feridos.

    Mas nos casos analisados pela HRW, as vítimas das forças de segurança não estavam armadas nem se mostravam violentas. Alguns dos piores abusos foram cometidos contra pessoas que não terão participado nas manifestações, ou se encontravam sob detenção.

    “A natureza e o momento de numerosas destas violações dos direitos humanos sugerem que o seu objetivo não era proteger a lei ou dispersar manifestações, mas antes punir as pessoas pelas suas opiniões políticas”, diz ainda a HRW. (terra.com.br)

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