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    Grécia teme “consequências dramáticas” se plano de austeridade falha

    O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, adverte gregos para "consequências dramáticas" se plano de austeridade falha

    O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, advertiu o povo grego nessa sexta-feira, para as “consequências dramáticas” que escapariam ao controle da zona do Euro, caso as medidas do plano de austeridade não sejam cumpridas.

    “Todos os gregos devem entender que, se medidas enérgicas não foram tomadas e aplicadas agora, o que virá será dramático e escapará ao controle de nosso país e talvez da zona do Euro”, indicou Venizelos em um comunicado. O ministro das Finanças está na Polônia, onde ministros da Economia da Europa estão reunidos para discutir a crise econômica na zona do Euro.

    O sindicato do setor público grego, Adedy, anunciou nessa sexta-feira, que planeja uma greve de 24 horas, no dia 6 de outubro, contra as medidas de austeridade. Uma decisão definitiva sobre a paralisação será tomada na semana que vem, em conjunto com o sindicato do setor privado, o GSEE.

    Os salários dos funcionários públicos gregos foi reduzido, desde 2010, dentro das medidas de rigor do governo para baixar o gigantesco déficit público. A política de austeridade adotada pelas autoridades gregas é vigiada de perto pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que concordaram em emprestar 110 bilhões para salvar o país da falência.

    A zona do Euro vai decidir em outubro se concede a ajuda, anunciou, nesta sexta-feira, o chefe dos ministros da economia do bloco, Jean- Claude Juncker

    “Rollover” da dívida

    A extensão dos prazos de pagamentos da dívida soberana (“rollover”) da Grécia parece provável. Quase três quartos dos credores privados da Grécia comunicaram sua intenção de participar do plano de resgate. O governo grego condicionou hoje o “rollover” à participação mínima de 90% dos credores privados.

    A extensão dos prazos de pagamento foi uma das medidas que os chefes de Estado e de governo da zona do euro aprovaram no dia 21 de julho, numa reunião de emergência para aprovar um segundo pacote de resgate à Grécia, no valor de 160 bilhões de euros, entre 2011 e 2014, dos quais 50 milhões vêm do setor privado.

    Nessa sexta-feira, o ministro de Finanças grego afirmou à imprensa alemã que gostaria de ter um banco de investimentos público, nos moldes do KfW (Instituto de Crédito para a Reconstrução) alemão, criado pelos Aliados em 1948, dentro do plano Marshall. O banco é um organismo de Estado, mas que encontra financiamento no mercado de capitais como um banco clássico, concedendo créditos em condições vantajosas, dando prioridade as pequenas e medias empresas e a setores alvo de atividade, como por exemplo, energias renováveis e moradia.

    A Alemanha pressiona a Grécia para que cumpra seus compromissos de reformas para limpar as finanças públicas e já ofereceu sua ajuda ao país em diversas áreas, por exemplo, para reformar a administração pública e o sistema educativo.

     

    Fonte: RFI

    Fotografia: REUTERS/John Kolesidis

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