Europeus e americanos não chegam a um acordo sobre a necessidade de frear a política de austeridade dentro da zona do euro, mesmo se o reforço da disciplina orçamentária seja um ponto comum entre eles.
O secretário do tesouro americano, Timothy Geithner, pediu nesta sexta-feira durante o encontro de ministros de Finanças europeus na Polônia, do qual participou como convidado, o aumento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FESF), para equilibrar o setor financeiro e o setor bancário, assim como a redução das políticas restritivas.
A zona do euro rejeitou o apelo americano para a redução dos cortes no orçamento. O presidente do grupo do euro, Jean-Claude Juncker, afirmou que não há margem de manobra que permita um novo plano para relançar a economia.
Os americanos se opõem a implantação de uma taxa sob as transações financeiras, proposta pela França e pela Alemanha e denunciam os “riscos catastróficos” das divisões sobre a gestão da crise da dívida na Europa.
A zona do euro decidirá em outubro se vai liberar uma ajuda de 8 bilhões de euros à Grécia, a última parcela do pacote de 110 bilhões de euros aprovados no ano passado. O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, declarou no final da reunião, que o país teme as consequências para sua economia, caso as medidas do plano não sejam cumpridas. O sindicato grego do setor público, Adedy, anunciou também nesta sexta-feira uma greve geral de 24h para o dia 6 de outubro, contra o pacote econômico do governo.
Luiza Duarte
Fonte: RFI
Foto: Reuters