O actor George Clooney e o seu pai foram detidos esta manhã (tarde em Portugal) num protesto em frente à embaixada do Sudão, em Washington, acusados de desobediência. O actor manifestava-se contra a violência que os civis têm sofrido no Sudão.
O actor foi detido juntamente com outros manifestantes que acusavam o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, de estar a provocar uma crise humanitária ao bloquear as ajudas humanitárias.
“Estamos aqui para pedir duas coisas muito simples”, disse George Clooney momentos antes de ser detido, defendendo que é preciso que o Sudão permita a ajuda “antes que aconteça a pior crise humanitária do mundo”.
“A segunda coisa que queremos pedir é que o governo de Cartum [capital do Sudão] pare de matar homens, mulheres e crianças inocentes. Queremos que pare de abusar deles e que pare de os deixar morrer à fome. É tudo o que pedimos”, continuou o actor, também conhecido pelas acções humanitárias.
A detenção de Clooney aconteceu apenas um dia depois do encontro entre o actor e o presidente norte-americano, Barack Obama, para discutirem a actual situação no Sudão e a melhor forma de poderem ajudar.
Também esta semana, George Clooney falou ainda no senado, onde mostrou as suas preocupações sobre o país, depois de ter passado uma semana no Sudão. O actor disse que os recentes ataques no Sudão, que fizeram dezenas de mortos e feridos, foram orquestrados pelo governo.
Esta sexta-feira o actor foi levado pela polícia, juntamente com o seu pai, e outros manifestantes, entre os quais se encontrava o senador democrata Jim Moran, do Estado da Virgínia, e Martin Luther King III, filho de Martin Luther King, depois de terem sido avisados para não passarem a barreira policial nas imediações da embaixada do Sudão.
As Nações Unidas estimam que, desde que o conflito despoletou em Darfur em 2003, já morreram cerca de 300 mil pessoas e 2,7 milhões foram obrigadas a abandonar as suas casas.
Fonte: Publico
