O cabeça de lista do PS às europeias, Francisco Assis, regressar ao ‘ataque’ este domingo, em entrevista ao jornal Público, começando por salientar desde logo que não vê “ponta de discurso social-democrata na governação nem na Aliança Portugal”. Convidado a avaliar o atual Governo, é claro na resposta: “É muito incompetente e gera angústia e ansiedade no país” talvez porque tem “gente extremista, impreparada e com pouca formação e densidade política”.
Em entrevista ao jornal Público, este domingo, o número um do PS às europeias, Francisco Assis, reitera as críticas à atual governação, assim como ao seu principal adversário na corrida ao Parlamento Europeu, Paulo Rangel, cabeça de lista da coligação PSD/CDS.
“Não vejo ponta de discurso social-democrata, nem na governação do país, nem neste discurso da Aliança Portugal”, afirma Assis, insistindo porém que ainda acredita que “há uma parte, que julgo que ainda tem algum significado eleitoral, da direita portuguesa que é uma direita que defende o Estado Social e essa direita não está contente com a atuação deste Governo e não aceita nem a linguagem nem a visão do mundo que está por detrás deste Executivo e desta maioria”.
Maioria governativa que o socialista classifica de “calamitosa”. O atual Governo é, na sua opinião, “um dos mais extremistas da Europa do ponto de vista ideológico, assente numa linha de orientação que desvaloriza completamente o Estado, em particular, em áreas sociais”.
“É um Governo de uma direita muito radical que julguei que já não existia e é um Governo muito incompetente que gera angústia e ansiedade no país”, reforça Assis, sustentando que é composto por “gente extremista, impreparada e com pouca formação e densidade política”.
Sobre o futuro e perante a possibilidade de o PS não ter uma maioria absoluta nas próximas legislativas, um cenário que o cabeça de lista desejaria, considera “impossível” uma coligação com o PSD. “ Acho que se ninguém tiver maioria absoluta, vai ter de haver um esforço de compromisso”, sustenta.
“A democracia faz-se também assim. E o compromisso será tanto mais forte se os partidos assumirem antes, mais claramente, as suas divergências. (…) Não acho possível um compromisso com este PSD. Mas admito que, na sequência de umas legislativas em que esta linha perca, há condições para gente diferente no PSD com outra perspetiva. E o mesmo poderá acontecer no CDS”, remata Francisco Assis. (noticiasaominuto.com)
