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    Executivos da Eletrobras pedem licença durante investigação interna

    (Foto de PILAR OLIVARES/Reuters)
    (Foto de PILAR OLIVARES/Reuters)

    Dois importantes executivos da Eletrobras pediram licenciamento de seus cargos enquanto durarem investigações internas sobre supostas irregularidades em projetos do setor elétrico, que surgiram no rastro da operação Lava Jato.

    O diretor de Geração da holding Eletrobras, Valter Cardeal, e o diretor de Planejamento e Engenharia da Eletronorte, uma subsidiária do grupo, Adhemar Palocci, são alvos de denúncias publicadas na imprensa pelo suposto envolvimento em esquemas de corrupção.

    À Reuters, os dois executivos negaram nesta sexta-feira o envolvimento em atos de corrupção. Eles afirmaram que são os maiores interessados no esclarecimento das denúncias e no sucesso das investigações internas, conduzidas pelo escritório de advocacia internacional Hogan Lovells.

    A expectativa é que o Hogan Lovells conclua a investigação interna na Eletrobras em outubro.

    “Queremos deixar a investigação interna transcorrer tranquilamente”, disse Palocci, irmão do ex-deputado e ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antonio Palocci.

    “Como gestores públicos de uma companhia pública, não queremos causar prejuízos”, afirmou Cardeal.

    No fim de junho, o jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagem afirmando que o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, réu nos processos da Lava Jato, teria apontado em delação premiada o nome de Adhemar Palocci como suposto recebedor de propina na Eletronorte relacionada à hidrelétrica de Belo Monte, no valor de 20 milhões de reais. O dinheiro teria como destino o PMDB e agentes da Eletronorte.

    Neste mês, a revista Veja publicou que Cardeal teria sido citado pelo dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, outro réu na Lava Jato. Segundo a publicação, Pessoa teria dito, na delação premiada, que o diretor da Eletrobras participou de corrupção envolvendo a usina nuclear Angra 3.

    Na terça-feira, a Lava Jato, que revelou um esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras, chegou formalmente ao setor elétrico, com a prisão do presidente licenciado da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras responsável por Angra 3, Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o responsável pela área de energia na Andrade Gutierrez, Flavio Barra.

    Segundo a Polícia Federal, Silva é suspeito de ter recebido 4,5 milhões de reais em propina por meio de intermediários de Andrade Gutierrez e Engevix. A Eletrobras se recusou a comentar a última operação da PF e a Andrade Gutierrez disse que sempre cooperou com as investigações, enquanto a Engevix afirmou estar “prestando todos os esclarecimentos” à Justiça. (reuters.com)

    por Leonardo Goy

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