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    EUA ameaçam isolar Rússia por ingerência na Ucrânia

    Biden (e) cumprimenta o primeiro ministro ucraniano Arseni Yatseniuk em Kiev (REUTERS/Valentyn Ogirenko)
    Biden (e) cumprimenta o primeiro ministro ucraniano Arseni Yatseniuk em Kiev
    (REUTERS/Valentyn Ogirenko)

    O vice-presidente norte-americano Joe Biden afirmou na tarde desta sexta-feira (21), que a Rússia corre o risco de se isolar e “pagar caro” por sua “agressão” à Ucrânia. Na saída de reuniões com o presidente ucraniano, Petro Porochenko, e com o primeiro ministro Arseni Yatseniuk, em Kiev, ele julgou “simplesmente inaceitável que, em pleno século XXI, países tentem redesenhar à força as fronteiras da Europa ou interferir militarmente porque não gostaram de decisões tomadas por seus vizinhos”.

    Biden lembrou da anexação da Crimeia por Moscovo, afirmando que ela ameaça a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. Pouco depois da queda do presidente pró-russo Viktor Yanukovich, a Rússia incorporou este balneário produtor de petróleo a seu território, uma medida considerada ilegal pelas grandes potências.

    Para ele, a actuação do Kremlin na crise “representa uma violação flagrante dos princípios fundamentais do sistema internacional”. Biden ainda acusou os russos de não respeitar o cessar-fogo acordado no dia 5 de Setembro em Minsk (Bielorrússia).

    “Se a Rússia respeitasse seus compromissos, poderíamos ter uma conversa razoável” sobre uma eventual suspensão das sanções impostas contra pessoas e empresas envolvidas na crise. “No lugar disso, só vimos mais provocações e mais violações grosseiras deste acordo”.

    Apoio russo a rebeldes

    Kiev e o ocidente acusam a Rússia de fornecer apoio militar aos rebeldes no leste do país, onde o conflito armado com as forças governamentais causou mais de 4,3 mil mortos desde a metade de Abril. Kiev afirmou que tiros de artilharia foram efectuados da Rússia contra território ucraniano nesta sexta-feira e a Otan voltou a denunciar a entrada de material bélico russo à Ucrânia.

    “Não vou detalhar os números, mas posso dizer que vimos reforço militar” declarou o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg. “Vimos movimentação de forças, material, tanques, artilharia e sistemas antiaéreos modernos entrarem na Ucrânia”, afirmou Stoltenberg no centro de controle aéreo de Karmelava, na Lituânia, última etapa de um giro pelos países bálticos.

    “Também vimos movimentos de forças rumo a oeste na Ucrânia oriental. Isso é muito sério porque desrespeita completamente os acordos de Minsk, atiça o conflito e contribui para novas violações do cessar-fogo”. O chefe da Organização voltou a pedir que a Rússia retire suas tropas da fronteira, o que seria “uma grande contribuição para a desescalada” da violência. (rfi.fr)

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