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    Especialistas instam Governo angolano a investir no petróleo e na diversificação da economia

    Empresária aponta a banca como o grande obstáculo aos investimentos privados no petróleo e noutros sectores

    Especialistas angolanos consideram que se o Governo não fizer maiores investimentos no sector do petróleo, o segundo maior produtor de África pode ficar sem reservas para explorar nos próximos nove anos.

    Este alerta surge no momento em que se continua à espera do prometida diversificação da economia angolana.

    O economista Carlos Padre entende que tanto para a indústria petrolífera quanto para diversificação é preciso que haja investimentos, principalmente no empresariado local, com suporte da banca.

    “Só com um sector privado forte é possível diversificar a economia porque do jeito que estamos não vamos a lado nenhum, mesmo no sector petrolífero esta limitação da produção é por falta de investimento no sector”, alerta Padre.

    Marcia Pita, empresária do sector dos petróleo, entende que a diversificação da economia é a melhor alternativa para equilibrar a balança do país.

    “Precisamos de um Estado que dê suporte aos empresários nacionais via a banca, de outro modo a diversificação da economia vai ficar apenas no papel”, alerta Pita, citando “outras realidades em que a banca apoia os seus empresários, aqui não”.

    A empresária conta que foi para a indústria da madeira, mas o obstáculo é o mesmo do sector do petróleo, “a banca não apoia projectos de empresários nacionais”.

    “Nós queremos ajudar, fazemos de tudo, mas a burocracia atrapalha, eu estou cansada de ver tanta miséria no meu país e, como eu, estão vários colegas com quem converso, os colegas querem ajudar o país, mas continuamos a pagar pelos males do passado”, diz.

    Entretanto, o especialista em gestão de petróleo e gás Artur Alfredo entende que a diversificação é fundamental mas alerta que o petróleo não deve ficar de lado.

    No entanto, diz que “a diversificação é o melhor caminho e acredito que se esteja a fazer só que os resultados não são imediatos, com o tempo vão começar a aparecer”.

    Alfredo aponta, por outro lado, “que se deve fazer é desenvolver o que chamamos de conteúdo local dentro da indústria petrolífera para invertermos a tendência de que os suplementos desta indústria venham na maioria de fora e que passemos a faze-los localmente”.

    O alerta

    No passado dia 13, em declarações à Rádio Nacional de Angola, o presidente e director executivo da PetroAngola,Patrício Quingongo, advertiu que o país pode ficar sem reservas petrolíferas para explorar, nos próximos nove anos, sem investimentos e novas descobertas do crude.

    Ele disse que se a produção cair abaixo de 600 mil barris as empresas não se vão manter no mercado, uma vez que, no passado já atingiram níveis de até 250 mil barris de petróleo por dia.

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    FonteVoA |

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