Recep Tayyip Erdogan esteve esta terça-feira na Alemanha, uma vez mais para pedir o apoio no processo de aproximação e possível adesão da Turquia à União Europeia.
O primeiro-ministro turco disse em Berlim que a crise financeira, a Primavera Árabe e os acontecimentos na Síria e Egito têm vindo a provar que
“A Turquia não necessita da União Europeia, mas que a União Europeia precisa da Turquia”. “
“Esperamos a ajuda da Alemanha e o apoio total no processo necessário para aceder à União. Desejamos que a Alemanha faça mais do que tem feito até aqui e que não é suficiente”, afirmou.
Angela Merkel, por seu turno, manteve o discurso e o ceticismo de sempre sobre a questão, não rejeitando o diálogo entre os dois lados:
“Não é segredo e a minha opinião não mudou: Estou cética sobre o facto de a Turquia se tornar membro da União Europeia. Mas, para já, isso não nos deve incomodar, porque estamos num processo sem resultados definidos. E queremos que este processo avance”.
Que avance, mas devagar… é o sentimento da Europa dos decisores.
O momento também não é o mais oportuno. A Turquia passa por uma profunda crise política interna recheada de suspeitas de corrupção e abusos de poder.
Em Berlim, a visita foi seguida de perto pela comunidade turca. Centenas de pessoas manifestaram-se contra Erdogan. (euronews.com)