A extração de minérios, o corte ilegal de madeira, o turismo selvagem e a construção, são actividades que colocam em risco por muitos anos o maior lago de água doce do mundo, o Lago Baikal, na Rússia.
Situado a cerca de 5.000 km a leste de Moscovo, detém cerca de um quinto da água doce mundial. Os cientistas alertam que o nível de água do Baikal atingiu o ponto mais baixo em 60 anos. Para alguns isto não é motivo de preocupação, pois os níveis de água têm alternâncias cíclicas. Mas há quem veja aqui sinais preocupantes, como a ambientalista russa Marina Rikhvanova:
“A redução do nível de água está relacionada com fatores naturais, mas se compararmos com o ano passado, entrou no lago uma quantidade menor de água, o que foi totalmente inesperado para os cientistas. E como era esperado um alto nível de água, foi libertada mais água para a central hidroelétrica de Irkutsk.”
O nível da água do lago diminuiu 40 centímetros, em relação a 2013, e atingiu 456,09 metros. Este nível fica apenas 9 centímetros acima do mínimo fixado pelo governo russo. Os ambientalistas dizem que os verões extremamente quentes e secos e o abate de florestas em redor do lago também podem ter contribuído para os baixos níveis. De acordo com outros investigador russo Andrei Zhdanov, é necessário mais tempo para tirar conclusões mais claras:
“Temos que esperar um ou dois anos para ver, vamos reunir todas as informações e só então seremos capazes de dizer se é um fenómeno natural ou não. Agora é difícil dizer.”
Na opinião de alguns cientistas, uma descida do nível das águas do Baikal abaixo dos 456 metros pode causar danos irreversíveis no ecossistema do lago. (euronews.com)