A questão das dívidas de Pedro Passos Coelho à Segurança Social (SS) continua a fazer alvoroço entre os partidos de oposição. A dívida e não só. O silêncio do primeiro-ministro também.
Os grupos parlamentares do Partido Socialista (PS) e do PCP lançaram uma série de questões a Pedro Passos Coelho mas nem todas foram respondidas. Segundo a informação avançada este sábado pelo jornal Público, o silêncio do primeiro-ministro destacou-se naquelas que são as perguntas mais relevantes de responder.
Uma das questões do PCP que ficou por responder diz respeito ao esclarecimento sobre o período em que auferiu as remunerações referentes aos 2.880 euros de contribuições (aos quais acrescem 1.034 euros de juros) agora pagos. O silêncio de Pedro Passos Coelho não permite perceber a diferença entre a dívida acumulada – no valor de 5.016 euros, respeitante ao período entre 1999 e 2004 – e o montante pago, os 2.880 euros. Segundo o jornal, este último valor apenas diz respeito às contribuições devidas entre janeiro de 2002 e setembro de 2004, estando ainda por pagar – e por esclarecer – os 2.136 euros restantes.
O escalão de remuneração sobre o qual incidiu a taxa (de 25,4%) para o cálculo das contribuições a pagar foi uma das questões do PS que ficou por esclarecer. Segundo os dados obtidos pelo Público, Passos Coelho beneficiou do primeiro escalão (sendo a taxa aplicada sobre o salario mínimo em vigor), mas os socialistas continuam sem saber se foi o primeiro-ministro a escolher o escalão ou se este lhe foi atribuído pela Segurança Social (situação que acontece quando o contribuinte não faz a escolha).
Por saber ficou também se Passos Coelho tinha informado, entre 1999 e 2004, a Segurança Social de que era, à data, exclusivamente um trabalhador independente. Além disso, destaca o jornal, nas respostas enviadas, o chefe do Governo deixou ainda por esclarecer a entidade para quem trabalhou a recibos verdes e as datas precisas (desde 1999) de quando questionou a Segurança Social sobre a sua situação. Nesta última questão, o social-democrata apenas disse “novembro de 2012” e “fevereiro de 2015”. (noticiasaominuto.com)