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    Cuba rejeita inclusão em lista dos EUA de apoiantes do terrorismo

    (Foto de Mladen Antonov/AFP)
    (Foto de Mladen Antonov/AFP)

    Cuba rejeitou “energicamente” sua inclusão na lista elaborada pelos Estados Unidos sobre países patrocinadores do terrorismo, considerando-a uma manobra para justificar o embargo mantido por Washington contra a ilha, declarou o Ministério cubano das Relações Exteriores nesta quinta-feira.

    De acordo com a nota, publicada na imprensa local, Cuba “rejeita energicamente a manipulação de um tema tão sensível quanto o terrorismo internacional para transformá-lo em instrumento da política contra Cuba e pede que se exclua definitivamente o nosso país dessa lista espúria, unilateral e arbitrária”.

    Ainda segundo o comunicado do Ministério, a inclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo é usada por Washington para “justificar, a qualquer custo, o bloqueio, fracassado e rejeitado por unanimidade pela comunidade internacional”. O embargo é mantido por Washington desde 1962.

    Havana também rejeitou a acusação de que a ilha seja santuário de “fugitivos” da Justiça americana.

    “Concedeu-se asilo a alguns desses cidadãos legitimamente, enquanto que outros cometeram delitos nos Estados Unidos, foram devidamente julgados e punidos e decidiram morar em Cuba após o cumprimento de suas sentenças”, frisou a nota oficial.

    A Chancelaria disse ainda que o mesmo relatório americano reconhece que “o governo de Cuba apoiou e promoveu negociações entre as Farc e o governo da Colômbia, com o objectivo de obter um acordo de paz entre ambas as partes”.

    Um das críticas feitas à ilha no documento americano é o fato de abrigar e apoiar membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

    O informe americano, insiste Cuba, reconhece que “não há informações de que o governo cubano tenha fornecido armamento, ou dado treino paramilitar a grupos terroristas” e que “membros do grupo ETA residentes em Cuba foram recebidos com a cooperação do governo espanhol”.

    Na década de 1990, membros da organização separatista basca ETA foram acolhidos em Cuba, graças a um acordo entre os presidentes da época, o cubano Fidel Castro e o espanhol Felipe González.

    “Cuba é um desses países que, por defender sua independência e dignidade, sofreu durante décadas as consequências de actos terroristas, organizados, financiados e executados do território dos Estados Unidos, com um saldo de 3.478 mortos”, concluiu o Ministério cubano das Relações Exteriores. (afp.com)

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