Sumbe – A ministra do Ambiente, Fátima Jardim, apelou hoje (sexta-feira), na cidade do Sumbe, província do Cuanza Sul, ao envolvimento da sociedade nas acções de educação e sensibilização, com vista a mudança de comportamentos e atitudes para o desenvolvimento sustentável do país.
Ao intervir no encerramento do II Conselho Consultivo do ministério que dirige, a governante referiu que o Executivo angolano desencadeia uma série de acções em prol do ambiente que consolidam a sua obrigação para com a qualidade ambiental e sobretudo para a preservação da natureza e a melhoria da qualidade de vida das populações.
“Temos todos como Executivo, entidades, instituições, ONG, associações e sociedade civil, que ver cada vez mais firmado este compromisso. O compromisso da relação ambiente e desenvolvimento, sobretudo humano, integrando nos planos e nos programas sectoriais a capacitação de quadros, educando e consciencializando as nossas populações, realizando e concretizando programas e planos sustentáveis para a preservação do país e da qualidade ambiental” – frisou.
No seu ver, é preciso assegurar que todos melhorem a sua capacidade de adaptação através da realização de programas que consolidem os sistemas de monitoria, mas também de alerta e de prognóstico para com as alterações climáticas, um fenómeno que atinge essencialmente os mais pobres e vulneráveis e promove a insegurança, não só alimentar mas social, e desajusta os programas de desenvolvimento.
“Estamos todos a trabalhar para o progresso e bem estar. Todos temos que ser partícipes neste repto, trabalhando não só nos diagnósticos e avaliação das vulnerabilidades mas também na educação, consciencialização e informação e fazer com que este desafio se transforme num desafio que consolide cada vez mais a sustentabilidade e desenvolvimento económico social, cientifico, técnico e tecnológico de Angola” – disse ainda Fatima Jardim.
Neste contexto, solicitou aos governos provinciais a realização de acções de florestação e reflorestação, envolvendo a sociedade bem como de campanhas de educação e sensibilização para limpeza e saneamento, liderado pelas comunidades para que hajam cada vez mais sociedades e cidades mais limpas e sustentáveis.
Para este ano, apontou como prioridades do seu pelouro dentre outras a necessidade de ampliar, fomentar e obrigar a prática da avaliação de impacto e auditorias na componente ambiental, a promoção de acções para a qualidade ambiental sobretudo para melhor gerir os solos, a água, e reduzir-se os níveis de poluição nos elementos ambientais bem como a concretização de acções destinadas a conservação da biodiversidade.
Decorrido sob o lema “Alterações climáticas – desafio para o desenvolvimento sustentável”, no II Conselho Consultivo foi apresentado o plano sectorial do ambiente contido do Programa do Executivo 2012/2017, bem como o relatório e análise do grau de cumprimento das conclusões e recomendações saídas do último Conselho Consultivo, realizado no Bié, pelas direcções provinciais.
Foi feita igualmente uma dissertação sobre o pacote legislativo do Ministério do Ambiente pelo Gabinete Jurídico, e apresentado o Programa Nacional de Qualidade Ambiental para efeitos de recolha de contribuições para o seu melhoramento, bem como do projecto de saneamento liderado pelas comunidades que beneficiou de meios de trabalho.
Participaram no fórum de dois dias, diversas entidades nacionais e estrangeiras com destaque para o secretario do Presidente da Republica para as questões locais e regionais, Adelino Peixoto, a representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Maria Duval, bem como directores nacionais e provinciais, quadros seniores do Ministerio do Ambiente e representantes de associações de carácter ambiental. (portalangop.co.ao)