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    Crédito responsável sustenta a economia

    A Associação Angolana de Bancos organizou o quarto fórum de economia e finanças para abordar as potencialidade do crédito bancário

    O crescimento do crédito bancário feito de modo responsável e equilibrado conduz de modo eficiente e seguro ao desenvolvimento sustentável da economia, segundo declarações do governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Massano, na quinta-feira, em Luanda, na abertura do quarto “Fórum Economia e Finanças”, da Associação Angolana de Bancos (ABANC). O encontro decorreu sob o lema o “Crédito Bancário, potencialidades e limites”.
    José Massano considerou a banca um suporte para o crescimento do sector não petrolífero, no período após a última crise económica financeira, ao fomentar as capacidades produtivas, geração de emprego, desconcentração económica e diversificação das exportações.
    A informação estatística revela que, com o crédito bancário, a economia cresceu 26 por cento em 2010, enquanto até ao mês de Outubro de 2011 se observou um crescimento de 23 por cento, sendo o stock de crédito até essa data de 2,1 triliões de kwanzas. O fluxo de crédito de Janeiro a Outubro de 2011 foi de 389,7 mil milhões de kwanzas.
    O governador do BNA reconheceu que, apesar do crescimento do crédito, há um conjunto de factores que necessitam ser melhorados, nomeadamente a estabilização do “funding” de médio e longo prazo dos bancos, a qualidade da gestão do risco de crédito e o custo e facilitação do acesso e desenvolvimento de um sistema eficaz de garantias.
    “Os depósitos são a principal fonte de ‘funding’ dos bancos”, disse.
    Neste contexto, foram efectuados cerca de 56 por cento de movimentos à vista e 49 por cento mantidos em moeda nacional. O rácio de transformação dos depósitos em crédito é de cerca de 61,4 por cento até Setembro de 2011.
    José Massano pensa ser necessário inovar e encontrar as melhores soluções de captação, de forma a promover de modo estável o financiamento do investimento, ao mesmo tempo que se incentiva a alteração da carteira dos aforradores em termos de composição por moeda.

    Segundo o governador do BNA, isso permitiria uma maior diversidade de produtos de captação, incluindo soluções acessíveis de investimento de poupanças, bem como a mobilização de recursos junto de investidores institucionais e do sector segurador e de fundos de pensão.
    José Massano destacou atitudes inovadoras como a que o BNA tem vindo a implementar, relativamente ao programa de educação financeira, que visa proporcionar à população conhecimentos sobre o sector bancário, os serviços e produtos, bem como os seus direitos e deveres enquanto consumidores, dando como exemplo a criação das contas de depósito à ordem “Bankita” e de depósito a prazo “Bankita a Crescer”, às quais aderiram nove bancos.
    No âmbito do programa, foram abertas mais de 13.200 contas e emitidos cerca de sete mil cartões de débito da rede Multicaixa. O sector bancário possui 920 agências em todas as províncias.

    Madalena José

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: Eduardo Pedro

     

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