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    Compras para a quadra festiva originam azáfama

    As compras de Natal começaram cedo, em Luanda. Os supermercados, lojas, armazéns de venda a grossso e a retalho, e comércio de rua, enchem-se de clientes nesta fase do ano. Há uma grande corrida às compras, própria da época.
    A maior procura incide nos alimentos que compõem a ceia de Natal, como perú, frango, carne de porco, legumes, verduras e até mesmo as frutas, sem esquecer as bebidas, como o vinho, espumante, cerveja e outras. Quem deixa para a última hora as compras, entre os dias 20 e 24, pode ter de as adquirir a preços mais altos, devido à tendência de alguns operadores económicos para aproveitarem a procura e especularem.
    A reportagem do Jornal de Angola percorreu alguns supermercados e verificou o velho hábito de se deixar tudo para o último dia.
    Num famoso supermercado da Maianga, há quase tudo para a ceia de Natal. O gerente, Cláudio Carvalho, revelou que está a ser desenvolvido um trabalho de reparação da grande superfície comercial para dar um melhor atendimento aos clientes.  Apesar de registar grande fluxo de clientes nos últimos dias, a procura de cabazes não reflecte a afluência. “Temos dois tipos de clientes que recorrem a esta dependência. Aqueles que compram e levam para casa e os lojistas, que adquirem os produtos para montar cabazes e distribuir pelos seus respectivos clientes”, disse o gerente.
    Um dos grandes problemas que surge todos os anos durante o período das festas é o elevado número de pessoas que deixa tudo para os últimos dias, originando grandes filas nas caixas de pagamento.
    Para Cláudio Carvalho, esta atitude não só dificulta a vida do comércio, onde as pessoas se atropelam, como também se reflecte nos grandes engarrafamentos que provoca nas ruas da cidade.
    Teresa Araújo é uma das donas de casa que aproveitou a manhã da passada segunda-feira, normalmente mais calma, para fazer as compras sem problemas, como nos anos anteriores, mas que desta vez teve de aguentar uma longa fila. “Este ano aproveitei para fazer as comprar da parte da manhã porque costuma haver menos enchente”, explicou. Os preços dos cabazes variam. Numa das lojas em que entrámos, iam de 37.690 a 424.527 kwanzas. Benvinda Mateus, uma das gerentes, garantiu que a prespectiva para este ano é aumentar as vendas.

    “Temos cabazes para todos os gostos e a preços atractivos, que variam de acordo com as possibilidades do cliente, porque o movimento económico em torno do mês de Dezembro agrada aos comerciantes, que fazem promoções para atrair os clientes”, referiu.

    Os cabazes

    As promoções e descontos são uma das estratégias de algumas lojas, destinadas as atrair clientela que procura brindes e brinquedos para oferecer a amigos e familiares.
    Apesar de não ser um distribuidor tradicional de cabazes, um dos hipermercados que visitámos registava uma elevada procura de bens. Na ronda efectuada, constatou-se uma grande preocupação por parte dos consumidores na aquisição dos principais produtos.
    Os mais procurados são as bebidas, como vinhos, licores, whisky, brandy, gin, aguardentes, espumantes e champagne, uvas e figos secos, bolo-rei e bacalhau, mariscos, ­enchidos, presunto, chourição, fiambres, mortadela e paio.
    Para o cliente Jorge Bumba, há qualidade nos produtos que adquiriu para dar à sua família durante a quadra festiva.
    Com um carrinho cheio de produtos, no sector de venda de bacalhau, Rita de Jesus disse que compra apenas produtos que normalmente não vêm no cabaz. Para ela, esta é uma época em que vale a pena fazer alguns gastos, porque é a oportunidade de se estar reunido com muitos membros da família e amigos. “Nesta ocasião reunimo-nos em família e não queremos que falte nada”, explicou.

    Alternativa mais barata

    Nem todas as pessoas têm a possibilidade ou o hábito de fazer as compras nos supermercados. Algumas alegam que os preços dos produtos são altos e por isso são forçadas a recorrer aos mercados informais, como o do KM-30, Catintom e Kicolo.
    O “arreou” no São Paulo e nos Congolenses são a alternativa para as pessoas que têm pouco poder de compra, quando procuram produtos de primeira necessidade. As ouvidas pela nossa reportagem, asseguraram que estão a adquirir produtos para o consumo na quadra festiva e para o mês de Janeiro.
    No “arreou” encontrámos a jovem Manuela Sebastião que disse fazer a compra de produtos a grosso nos armazéns que se situam nas redondezas. “Produtos como feijão, mandioca, batata-doce, inhame, batata rena e as verduras compro sempre no KM 30, onde os preços são baixos”, esclareceu.

    João Pedro
    Fonte: Jornal de Angola
    Fotografia: Domingos Cadência

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