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    Cinema português com forte presença no Festival de Cannes

    O cinema lusófono presente em Cannes é, este ano, quase exclusivamente português. Um filme na selecção oficial, outro para uma primeira obra no “Cinéfondation”. Outro filme em competição na Quinzena dos realizadores. Por outro lado a Semana da crítica tem uma longa metragem em competição, outra nas sessões especiais, e uma curta metragem lusa em competição.

    “Restos do vento” de Tiago Guedes marcou o regresso do cinema português, após 16 anos de ausência à selecção oficial: os recalcamentos num aldeia do interior vêm à tona em torno de uma antiga tradição pagã e a tragédia torna-se inevitável, com Isabel Abreu e Nuno Lopes a encarnarem dois pais prontos a tudo pelos seus filhos.

    “Mistida” do jovem Falcão Nhaga, filme de fim de curso em Lisboa, está na Cinéfondation, é uma conversa entre uma imigrante guineense em Portugal e o filho, um confronto de gerações. O realizador tem dupla ascendência cabo-verdiana e guineense e conta no elenco com o guineense, já célebre além fronteiras, Welket Bungué.

    Na Quinzena dos realizadores João Pedro Rodrigues, celebrizado internacionalmente desde “O Fantasma” de 2001, tem em competição “Fogo fátuo”, uma comédia musical homo erótica.

    Em competição também, mas na Semana da crítica, está “Alma viva” de Cristèle Alves Meira, uma aldeia transmontana confrontada com uma menina assombrada pela morte da avó.

    “Ice Merchants”, por seu lado, é uma curta metragem de animação de João Gonzalez de elevado sentido estético, duas gerações de vendedores de gelo de uma casa encavalitada num precipício. Nessa mesma mostra paralela consta ainda “Tout le monde aime Jeanne” de Céline Devaux, de novo com Nuno Lopes, Vítor, um dos pretendentes de Blanche Gardin, ou seja Jeanne, a francesa que ele acolhe em Lisboa.

    A 75a edição deste certame de Cannes tem, pois, um sabor também português nas suas múltiplas componentes.

    O único filme brasileiro em exibição foi o clássico “Deus e o diabo na terra do sol”de Glauber Rocha, filme que em 1964 tinha sido escolhido para representar o gigante sul-americano no certame do sul da França.

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    FonteRFI

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