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    Chefes de diplomacia da UE discutem Moçambique após visita portuguesa

    O chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, dá hoje conta aos seus homólogos europeus dos resultados da visita da semana passada a Moçambique. A insurgência armada em Cabo Delgado é um dos assuntos na agenda.

    A insurgência armada na província de Cabo Delgado, que levou o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, a pedir ao ministro português que se deslocasse a Moçambique em sua representação, é um dos muitos assuntos na agenda da reunião que os chefes de diplomacia dos 27 celebram esta segunda-feira (25.01) em Bruxelas, presencialmente, apesar da pandemia de Covid-19.

    Na passada quinta-feira (21.01), no final da visita a Moçambique, o chefe da diplomacia portuguesa considerou que todos os objetivos políticos da deslocação foram “cumpridos”, designadamente expressar “a solidariedade europeia” face à crise humanitária, agradecer “a prontidão” em acolher a missão política, e “ouvir das autoridades moçambicanas” a avaliação da situação e o relato das necessidades.

    Apontando que informaria, hoje, os seus homólogos da UE das áreas fundamentais para apoio a Moçambique identificadas em conjunto com as autoridades moçambicanas – formação militar, apoio da ação humanitária à população e apoio à agência para o desenvolvimento do norte do país -, Santos Silva disse esperar “que tão breve quanto possível o programa de reforço da cooperação esteja desenhado, aprovado e em condições de ser implementado”.

    A violência armada na província nortenha de Moçambique, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, o que levou as autoridades moçambicanas a pedir auxílio à UE.

    Política externa na agenda
    Além da situação em Cabo Delgado, os chefes de diplomacia dos 27 têm uma agenda preenchida nesta sua primeira reunião do ano, que, por ser de política externa – sob a alçada do Alto Representante, desde a entrada em vigor do Tratado de Lisboa -, e ao contrário das restantes formações do Conselho, não é conduzida pela presidência portuguesa do Conselho da UE, mas sim por Josep Borrell.

    O principal tema na agenda oficial é a diplomacia do clima e da energia, mas os ministros abordarão uma série de “assuntos correntes”, tais como a detenção de Alexei Navalny na Rússia, a situação em Hong Kong, no Corno de África e na Venezuela, havendo ainda lugar a uma troca de pontos de vista com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Toshimitsu Motegi, que se juntará à reunião por videoconferência.

    Na terça-feira (26.01), Augusto Santos Silva apresentará as prioridades a nível de política externa da presidência portuguesa do Conselho da UE – que decorre até final de junho – perante a comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu.

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