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    Bengo: Professores voltam à greve

    Os docentes reclamam pagamentos em atraso desde 2016, depois de falhadas novas tentativas de entendimento com as autoridades provinciais.

    Esta segunda-feira (05.06) é o primeiro dia de uma greve, por tempo indeterminado, decretada pelo Sindicato dos Professores (SINPROF). “Nem sequer 10% dos pontos reivindicados” foram respondidos, explicou Mbaxi Paulino porta-voz provincial do Bengo do SINPROF.

    O sindicato esteve reunido com as autoridades na sexta-feira (02.06) e no domingo (04.06), mas “não reinou consenso”, afirmou Mbaxi Paulino. “Mas ainda assim deixamos em aberto a possibilidade de dialogar com o patronato”, acrescentou.

    Segundo o sindicalista, em relação aos pagamentos em atraso aos professores, apenas foram pagos 200 beneficiários num universo de 2.569 professores. No entanto, “muitos nem sequer receberam metade do que deviam”, criticou Mbaxi Paulino. “Não se compreende a forma de pagamento que está a ser feito. Isso está a criar mal-estar na classe, ainda assim esperamos por esclarecimentos”, constatou o porta-voz sindical no Bengo.

    A paralisação dos professores é também um sinal de protesto em relação à exoneração de 12 coordenadores de disciplina, afastados por terem aderido às duas fases da greve nacional de professores (em Abril). Exigem ainda a reposição da quota sindical, situação que, segundo Mbaxi Paulino, configura é um atropelo da lei.

    Governo afirma que está a regularizar a situação

    Entretanto, o director de Educação da província do Bengo garantiu que o governo local disponibilizou uma verba para pagar dívidas dos professores. António Quino disse que os pagamentos começaram já a ser feitos, na quinta-feira (01.06), por ordem alfabética. Assim, o director provincial de Educação apelou ao “bom senso dos professores em suspenderem a greve”.

    “São dívidas acumuladas desde 2016, são no total 2.569 professores com quem o Estado tem dívidas sobre subsídio de chefia, de exame, o 13.º mês, que no outro ano não foi pago. Julgamos agora ter normalizado o processo que começou em novembro último com a prova de vida dos professores”, afirmou António Quino.

    Os professores angolanos fizeram greve de forma intercalada entre 5 e 7 de Abril e depois a 25 de Abril, paralisação que deveria prolongar-se até 5 de maio, mas foi suspensa no quadro das negociações entre o Sinprof e o Ministério da Educação. (DW)

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