A Polícia de Guarda Fronteira foi reforçada com 2.200 novos efectivos, dos quais 133 do sexo feminino, após o juramento da bandeira na escola de instrução ?Mártires da Môngua?, no município do Ambriz, província do Bengo, em acto presidido pelo comandante geral da Polícia Nacional, comissário-geral Ambrósio de Lemos.
A acção formativa durou seis meses e contou com a participação de elementos do 4º curso de alistados das províncias do Zaire, Uíge, Bengo, Luanda, Malange, Cuanza Sul, Benguela, Namibe e Cuando Cubango.
O curso visou reforçar a capacidade operativa nas acções de vigilância, controlo e protecção das fronteiras terrestres e marítima nacional e foi desenvolvido em etapas simultâneas, teoria e prática, com cargas horárias programadas, incluindo aulas nocturnas e caminhadas.
Com efeito, a formação militar teve 690 horas lectivas, dividida em 271 horas de teoria e 419 hora de prática, tendo ministradas as disciplinas como a táctica e técnicas de combate, tactica fronteiriça, ordem unida, continência e honra militar, armamento e tiro, noções de socorrismo, noções de telecomunicações e noções de criminalística.
Durante a formação profissional, foram ainda leccionadas temas sobre noções de engenharia militar, topografia militar, trabalho operativo secreto, táctica de intervenção policial, ética e deontologia policial, lei 4/92 dos crimes militares e regulamento disciplinar da Polícia Nacional.
Ao presidir o acto de encerramento, o comandante geral da Polícia Nacional, comissário-geral Ambrósio de Lemos, disse que este curso enquadra-se na estratégia do reforço da capacidade operacional da Polícia de Guarda Fronteiras, num momento em que o país continua a ser assolado por uma invasão silenciosa de cidadãos estrangeiros.
Frisou que essa invasão silenciosa de imigrantes ilegais é atraída pelas riquezas naturais e pela apetência do lucro fácil, uns aliciados por outros já residentes e outros recrutados por associações localizadas em países vizinhos, com ramificações de nacionais no interior do país.
Segundo Ambrósio de Lemos, alguns destes imigrantes encontram-se já a contas com a Justiça, por envolvimento na exploração ilícita dos recursos naturais, no pequeno comércio para camuflar negócios e outras acções ilícitas e também por práticas culturais estranhas aos hábitos e costumes locais.
Salientou que para que o combate seja uma constante e obtenha os resultados desejados, o Governo está empenhado em potenciar a Polícia de Guarda Fronteiras com adequados e modernos meios, incluindo os de tecnologia de ponta, tendo em conta a vasta extensão dos 5.188 quilómetros de fronteira terrestre, 1.650 de fronteira marítima e 1.804 de fronteira fluvial.
“Estamos certos que com estes meios e o planificado para o aumento do número de efectivo, esta polícia, com a contribuição dos demais órgãos de defesa e segurança, estará a altura de baixar substancialmente as cifras de imigrantes que pretendam entrar no nosso país de forma ilegal”, ressaltou.
O exercício da actividade de guarda fronteira, de acordo com Ambrósio de Lemos, requer paciência, perspicácia, disciplina e muito profissionalismo, devendo pautar as actuações pelo respeito à lei, bem como às instruções e tarefas superiormente determinadas, pelo nas futuras unidades, deverão corresponder aos programas de formação contínua e aplicação prática dos conhecimentos adquiridos para elevação desses níveis e cumprirem amissão de forma exitosa.
A Polícia de Guarda Fronteira é um órgão operativo do Comando geral da Polícia Nacional, a quem compete a tarefa de garantir a vigilância e protecção das fronteiras nacionais.
Assistiram ao acto, o inspector-geral da Polícia Nacional (PN), comissário chefe Alberto Jorge Antunes Jojó, o comandante nacional da Polícia de Guarda de Fronteiras de Angola, comissário chefe António Pedro Candela, o administrador municipal adjunto do Ambriz Amizalaque Jacob, membros das Forças Armadas Angolanas, do conselho consultivo do comando geral da PN, autoridades tradicionais, eclesiásticas. (portalangop.co.ao)