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    Barragem da Matala está em obras de ampliação

    Os trabalhos de reabilitação e modernização da barragem hidroeléctrica da Matala estão adiantados. Ao lado de uma máquina potente está Yuri Cardoso a orientar as manobras. O jovem, de 33 anos, trocou a família em Luanda, para dar o seu contributo na empreitada. Após a conclusão do curso de construção civil e ter participado em várias obras aperfeiçoou a arte de construir e é agora  supervisor de equipamento.
    Yuri Cardoso explicou ao Jornal de Angola que aprendeu com os especialistas nacionais e estrangeiros os segredos da profissão: “hoje faço parte dos quadros da empresa SNC Lavalin que se encarrega das obras de reabilitação e modernização da barragem hidroeléctrica da Matala.
    A empreitada começou em Agosto do ano passado e a sua conclusão está prevista para finais de 2014. Até ao momento foram executadas 36 por cento do projecto, cifra que dá segurança aos responsáveis e pessoal da construtora para cumprir os prazos estipulados no contrato.
    O responsável da SNC Lavalin, John Brawn, informou que as obras em curso visam ampliar a barragem: “quando concluirmos os trabalhos, a albufeira tem capacidade para armazenar quantidades  incomensuráveis de água”.

    Acções de engenharia

    O engenheiro João Pereira afirmou que as obras incidem fundamentalmente na construção civil, electromecânica, revisão e concerto das estruturas da barragem na profundidade aquática, substituição e colocação do sistema de vedação.
    As actuais infra-estruturas da barragem estão fora do prazo de validade. Por isso, vão ser substituídas as comportas e tapadas as fissuras visíveis nos pilares que suportam os mais de 900 metros de comprimento da barragem hidroeléctrica da Matala.
    Os especialistas estão a reforçar os pilares com betão armado e mergulham a uma profundidade de 13 metros para observar o estado de conservação da base, a fim de determinar as possíveis intervenções. Os pilares danificados são repostos.
    John Brawn acrescentou que o processo de reabilitação e modernização da barragem hidroeléctrica da Matala contempla também a instalação de comportas radiais, melhorias na estrada que liga a Matala aos municípios da Jamba, Cuvango, Chipindo e à província do Kuando-Kubango.
    O Executivo está a investir mais de 250 milhões de dólares nesta obra. A barragem foi construída na década de 50 e já não acumulava quantidades consideráveis de água, devido às fissuras e degradação das comportas.

    Retenção de água

    O desperdício de quantidades consideráveis de água no reservatório da barragem acaba quando a obra terminar.
    Esta novidade tranquiliza o director regional sul da Empresa Nacional de Electricidade, João Pinto, que lembra os problemas funcionais dos grupos geradores por falta de água suficiente na época do cacimbo.
    João Pinto informou que os dois grupos geradores em funcionamento, dos três que compõem a barragem, vão funcionar em pleno com o aumento da acumulação de água. “Vamos deixar de ter perdas consideráveis de água ao longo do caudal e regularizar o estado funcional dos grupos geradores”.
    Explicou que as antigas comportas e as fissuras eram as principais responsáveis pela perda de água, facto que tinha repercussões negativas no funcionamento regular dos grupos geradores.
    “A barragem da Matala vai ter um tempo útil de mais 50 anos”, anunciou João Pinto. No que diz respeito à ampliação da rede de distribuição, João Pinto assegurou que casas de vários bairros da cidade do Lubango estão a ser electrificadas.
    Consta também no projecto a componente de iluminação pública, uma inovação que visa dar outra imagem à periferia. A execução da Ampliação da Rede de Distribuição de Energia Eléctrica na cidade do Lubango está a custar ao Executivo 24 milhões de dólares. A fase anterior, concluída há três anos, custou 15 milhões de dólares.

    Primeira fase

    A primeira fase incidiu na remodelação completa da rede de baixa e media tenção do centro da cidade do Lubango e nos bairros da Mapunda, Micha, Lalula e Nossa Senhora do Monte.
    A rede energética de baixa e média tensão das terras da Chela possuía, até à intervenção, 47 anos de existência, razão que provocava embaraços no abastecimento ao domicílio, empresas públicas e privadas e ao sistema de iluminação pública.

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