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    Banco HSBC testa multibancos gregos para regresso ao dracma

    O banco britânico HSBC, com mais de 7200 filiais na Europa, decidiu testar as suas máquinas multibanco na Grécia para determinar se estarão aptas a funcionar com a reintrodução do dracma, caso o país decida sair do euro. Mais um sinal de que o setor financeiro internacional acredita que a Grécia poderá estar prestes a abandonar a moeda única e a regressar à antiga moeda.
    De acordo com informações recolhidas pelo Dinheiro Vivo, as lojas de Atenas nunca venderam tão pouco como agora. “Os gregos estão a poupar todos os euros que podem, gastando apenas o essencial no supermercado”, testemunhou um jornalista grego.
    Um porta-voz do banco HSBC explicou que “como todos os bancos, temos estamos a trabalhar com os reguladores para realizar trabalhos preparatórios a vários níveis em caso de incumprimento soberano, uma saída do euro ou qualquer outra eventualidade”. Os testes efetuados pelo HSBC determinaram se as máquinas ATM são capazes de lidar com notas bancárias de diferentes tamanhos e texturas.
    As eleições marcadas para 17 de Junho na Grécia têm sido encaradas como sendo uma votação para permanecer na moeda única.
    Outra indicação de que a situação em Atenas está a atingir níveis dramáticos está no fato de a Comissão Europeia ter tornado mais fácil à Grã-Bretanha subscrever riscos de negócios que estão a ser assumidos por empresas que exportam para a Grécia. Tal surge num contexto de crescente preocupação sobre o impacto do agravamento da crise da zona euro sobre os negócios e o comércio.
    A seguradora de crédito Euler Hermes revelou, na semana passada, que tinha suspendido a cobertura de novos contratos para a Grécia, apesar de continuar a honrar os contratos existentes. As seguradoras Atradius e Coface seguiram-se-lhe, com anúncios equivalentes.
    Agora, a Comissão Europeia levantou restrições que, anteriormente, baniram outros países de oferecer coberturas de seguros de exportação a países da União Europeia quando o contrato fosse de duração inferior a dois anos. Em comunicado, explicou que a decisão foi tomada devido às “excecionais perturbações económicas na economia grega e à falta de cobertura de seguros privados para as exportações para a Grécia”.
    Isto significa que os governos dos estados-membros da UE assumir esse papel e fornecer alguma segurança às empresas que exportem para a Grécia. Contudo, o valor mínimo por contrato que o departamento britânico de “Export Finance” segura é de 20 mil libras esterlinas, o que significa que muitas empresas mais pequenas continuam com pouca ou nenhuma proteção.
    O banco HSBC tem, entretanto, agido segundo instruções da Autoridade para os Serviços Financeiros britânica, pedindo aos diversos bancos que examinem a sua exposição aos riscos associados à zona euro.

    FONTE: DN

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